Quinzinho de Portugal - Bacalhau Pimba
quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
Revelhão
Quinzinho de Portugal - Bacalhau Pimba
quarta-feira, 24 de dezembro de 2008
Culto natalício
Que coisa melhor para a véspera de dia 25?
quinta-feira, 18 de dezembro de 2008
Hino Não-Oficial do S. de Urgências
G.G.(&) Xupahlo - Oh Joana
"Tão longe, contudo estiveste tão perto
Do Lar que julgaste tão certo
Foi um murro mais que pela fuça te passou
Tu até ias à missa mas não chegou
Teu deus de braços cruzados ali ficou
A pensão o teu enfermeiro te quis
Partiu-te a boca e o nariz
E ainda te deu uma por trás ah-ah ah-ah!
Oh Joana
Pensar que tu já foste nova
E agora tens os pés p'rá cova
Só não quero ouvir o "Ai!" que dirás... AI AI... AI AI!
Oh Joana
Recordo agora os momentos
Vividos fora dos excrementos
Mas com o ventilador sei que ficarás
Dizem que o rapaz não é normal
Tinha as trombas de um marsupial
Tu eras franzina e tão mulher
Ele a vulva atrófica sabia que quer
E com a vassoura foi um bacanal
Oh Joana
Pensar que tu já foste nova
E agora tens os pés p'rá cova
Gritando na enfermaria "Ai ai ai ai ai! AI AI... AI AI!"
Oh Joana
Recordo agora os momentos
Vividos fora dos excrementos
Mas com o ventilador sei que ficarás
Joana
Pensar que tu já foste nova
E agora tens os pés p'rá cova
Só não quero ouvir o "Ai!" que dirás... AI AI... AI AI!
Oh Joana
Recordo agora os momentos
Vividos fora dos excrementos
Mas com o ventilador sei que ficarás
Oh Joana
Pensar que tu já foste nova
E agora tens os pés p'rá cova
Gritando na enfermaria "Ai ai ai ai ai! AI AI... AI AI!"
(fade out...)
quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
Hino Não-Oficial de Medicina I
Xundré Sardão - Foi AVC:
"Eu gostava de olhar para ti
Mas a pálpebra está ptosada
Por que não consigo ver fio algum de luz?; Que maçada!
Eu gostava de ser como tu
Ter as pernas e poder andar
Quem diria que esta barriga me iria, um dia, enrabar?
Eu não sei o que m'aconteceu
Foi AVC
Ou o que é que me deu
Para ficar sempre aqui a babar
Sem falar
Eu gostava que olhasses p'ra mim
Sem "A fralda vou ter que mudar"
O que vertem na SNG digerido tem um cheiro
De matar
Eu não sei o que m'aconteceu
Foi AVC
Ou o que é que me deu
Para ficar sempre aqui a babar
Sem falar
O primeiro estrebucho é sempre o mais duro, o mais verdadeiro
E ao longo do tempo dão-me voltas e voltas mas definho, apodreço, faço escaras
Profundas
Eu...
Eu não sei o que m'aconteceu
Foi AVC
Ou o que é que me deu
Para ficar sempre aqui a babar
Sem falar
Eu...
Eu não sei o que m'aconteceu
Foi AVC
Ou o que é que me deu
Para ficar sempre aqui a babar
Sem falar
A vegetar"
terça-feira, 16 de dezembro de 2008
Bolhinhas de sabão

Forma perfeita, a esférica.
Imagem transcendental, levitante e levitadora, tão transparente quanto misteriosa, espelhando uma realidade subjectivamente doce e artisticamente pintada, irradiando à alma um quente que arrepia, gerando uma aura luminescente dourada que posterga o recolamento plantar ao chão e perpetua o esvoaçar plenamente livre e esplendoroso.
Então, de forma tão repentina quanto magnificamente surge... Puff!, desfaz-se o sonho em mil gotículas pérola que contrariam a gravidade mas que acabarão por tocar no solo tal como as falanges társicas que infrutiferamente insistem em fazer reentrar em órbita a amorfa massa corpórea. Puff!...

domingo, 14 de dezembro de 2008
Casas & Pias
Tive um insight sobre o assunto relacionado com a novela mexicana de desenlace mais que previsto, em que o colarinho branco sai incólume e é polido e engomado por cima ainda enquanto que o tarrento se fornica (espero que sem o típico sabão promotor de deslizamento) na cadeia, hoje durante o esvaziamento intestinal reflexo à ingestão de matinais alimentos e ao assentar das bordas na tábua do cagatório.
Ora, os bons dos iogurtes de pedaços de ananás fora de validade foram peristalticamente tão eficazes que, em pouco mais de um casal de segundos, ficou a tripa limpa desde o ângulo esplénico até à verdadeira anilha de couro (tentarei registar patente a arredar o CleanPrep do mercado em termos de aceitação e comodidade gástrica), deixando, a par do agradável odor a torrente de merda semi-ralada, tão parecido com o perfume diarreico fraldal dos nossos elderly de estimação, o másculo ânus completamente dilatado e com alguma dificuldade de coaptação, parecendo que engoliria todo o ar do Mundo se lhe deixassem, culminando provavelmente numa ópera de merda arrotada sonoramente, não houvera eu aplicado pressão externa no nalguedo para impedir tal inspiração profunda. Sensação estranha, um buraco na alma tão físico...
E pensei: não se deverão queixar propriamente por lhes terem (alegadamente, que os processos judiciais chovem nestas alturas do ano) visitado os meandros do shit-pipe mesmo contra vontade ou a troco de somente uns chupa-chupas, de os terem, alegadamente, botado de quatro, arriado os "pantalones" e tocado umas gaioladas para o canteiro de bufas ainda não florido, de lhe terem (e de novo alegadamente) untado a forma com manteiga de colhão e sorrido; o aborrecido no meio disto tudo é a porra da sensação de vazio anorrectal!
Andam a incomodar os pobres senhores por algo tão facilmente explicável e que se resolve, no fundo, com um desapartar de hemi-peidas, uma rolha ou um clip.
Haja pachorra para com estes leigos na matéria de cu...

quarta-feira, 26 de novembro de 2008
Conversas sobre esmegma
Afastas bué e continua o fio de nhanha ligado!"
Se o sr. Dermato diz, vou passar a expelir!
domingo, 9 de novembro de 2008
"Chama-me Sally"
Ah cum caralho, estas modernices da merdopedopsicologia e pedobostopsiquiatria deixam-me fulo: há lá melhor didactismo que o de uma palmada bem assente nas nalgas no momento exacto? Toda a gente que é gente levou na bufarda e na focinha e não morreu disso. Vê-se bem o resultado das novas modas de educação...
Coisas sem importância à parte, será considerada violência judicialmente punível arriar uma lostra valente, de dedos bem apartados para deixar um belo eritema em forma de borboleta, no larga-merda de um feminídeo a levar com a sardanisca ou, mais preocupante ainda, de uma mula que passe na rua? Ir-se apanhar sabão para a gaiola por se defender um costume tipicamente português e perpetuar a cultura do povinho (okay, das boas pornalhadas, essenciais à formação de qualquer um, também) parece-me excessivamente pesado.
Resta-me não apresentar queixa de mim próprio ou ser delatado por alguém que passe após afincar umas chapadas no bujo enquanto escamo audazmente o besugo!
quinta-feira, 6 de novembro de 2008
Obama

Tanto se falou e fala sobre o dito indivíduo que qualquer comentário que me aprouvesse tecer cheiraria a redundância.
Hum, talvez não este, quiçá "Grândola Vila-Morena" de uma nova guerra-civil:
"The only thing good about Obama is that it rhymes with Alabama!"
Aquecendo as mãos à fogueira que o tempo está friote.
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
Culto & Revival #4
Desse modo, e visionando o filme Taken, que de si pouco tem de especial, exceptuando uma ou outra cena de porrada com cricoideias metidas adentro, algo fez clique nos campos da memória visual com o surgimento da actriz que encarnava uma estrela pop, chegando à conclusão que, com o passar do elenco, se tratava de Holly Valance, antiga matéria de punheta, na altura em que era imperioso tocar umas 7 ou 8 ao dia e em que qualquer coisa servia de pretexto (a dita badalhoca não é nada de especial, daí a incompetência da cabeça da pichota em ajudar a maior no processo recordativo), estrela pimba na vida real e cujo grande hit-single foi uma cover em língua inglesa da absolutamente genial Simarik, de Tarkan.
Aqui fica um pequeno culto, mais um, a um inderrubável marco musical. Degustem bem!
sábado, 1 de novembro de 2008
Homenagem póstuma
Nova vénia e sentida, embora tão simples, salva de palmas.
Badaró - A barata da vizinha
Como uma tristeza nunca vem só (e ultimamente tem vindo em bandos), cabe-me também informar-vos que faleceu um dos mitos da cidade de Coimbra: denodado e persistente guerreiro, hábil com os pés e mortal com a língua, sagaz nas suas avaliações globais, científicas incluídas, visionário na arte médica, macrovisualizando mitocôndrias numa radiografia torácica feita a alguém cuja dor abdominal se caracterizava como "nosbarrigá" - Baldé, o Grande.
Vénia adicional, pesarosa.
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
Reinados
Reis à séria, nada de merdas bafientas e eunucóides do estilo Duarte P.; Reis com brutas espadas afiadas sempre imersos em Cruzadas pelo Santo Sanespro e em perfeita comunhão com o povinho, dando-lhes o que precisam para a sobrevivência espirutal sem olharem a estatutos!
A Vós -sabeis quem sois-, a minha vénia!
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
Respondendo ao "desafio"
Ready or not, here I come:
1 - Subir ao cume do Mundo e, de olhos fechados, abrir bem os braços e respirar profundamente o soltar das amarras
2 - Atravessar meio Globo de bicicleta somente com tenda às costas
3 - Filmar Bush a mamar no Sócrates, levando este último com o salsichão do Reinaldão como penitência pelas suas sobranceiras burridades. No final, partir-lhes as trombas.
4 - Vencer um Tour
5 - Espanar valentemente com um McLaren F1 em Nürburgring
6 - Ter um amigo chamado Tyler Durden
7 - Acabar com o futebol e fomentar verdadeiros Desportos
8 - Conseguir fazer flexões com a picha
9 - Uma festa na aldeia com Brian Molko, Thom Yorke e Chris Corner (o Cornell também poderia vir) e pô-los a cantar as Janeiras à desgarrada
10 - Perceber um caralho de Medicina

terça-feira, 21 de outubro de 2008
Frase da semana #5
domingo, 19 de outubro de 2008
Coisas do caralho, merda!
Pois bem, venho compartilhar as minhas experiências recorrentes na esperança de desmistificar um pouco esse assunto e pretendendo impulsionar significativamente a auto-estima dos dessalhados deste País: podeis ter um marsápio métrica e esteticamente ridículo; podeis também nunca vir a saber o que é marrar no colo uterino ou no baço, causando orgásmicos arrepios e náuseas, e considerar que qualquer caibrada que espetais é como atirar um palito para a cratera de um vulcão; não sabeis, contudo, a sorte que tendes em não tocar recorrentemente com a ponta do piroco na loiça do cagatório enquanto tentais esvaziar, de um só puxão, a grossa tripa. É das experiências que mais ideias de auto-decepação geram, acompanhadas de uma necessidade gritante de urrar umas caralhadas, diminuindo para níveis toleráveis a pressão intracorpórea mediada pelo nojo, capaz de rebentar as entranhas numa explosão grotesca de sangue, mijo, merda e, eventualmente, pus.
Perguntais-me, por certo e com alguma razão, porque não cago de cócoras, sem apoiar o pandeiro na tábua. Ora, se fora de casa é, inquestionavelmente, mais higiénico que limpar os assentos com produto próprio, felizmente disponibilizado em algumas shit-houses, e forrar os ditos com papel-higiénico (mais ecológico também), há os que não têm significativa capacidade de dilatação anal e que se vêem literalmente na merda para libertar o sr. castanho enquanto fazem agachamento (sem peso sobre os ombros, que a barra tem efeito laxativo, diz-se por aí).
No mesmo patamar que largar um valente obus e respingar a regueifa com conteúdo do pote, saltando logo à ideia a imagem de um sidoso qualquer a mijar lá antes de nós próprios. Mandei vir já por catálogo, como self-caring que sou, uns suspensórios para o vergalho; mas isso será para uma outra dissertação...
sábado, 18 de outubro de 2008
Frase da semana #4
Pincelo o quadro com palavras curtas: tarde de Urgências, IAC-não-Xu e especialista a atender uma torrente de séniores quando chega um digníssimo Urologista e coloca uma questão de vida ou de morte ao interno, sem nunca antes lhe ter dirigido a palavra, rematando seguidamente, deixando estupefacto -estarrecido até, diria- o dito supervisor, de si próprio um livro aberto de caralhadas, profusas e em alto tom que lhe saem da laringe, encarregue nesse dia de assegurar que o IAC não matasse ninguém:
"Olha lá, gostas de cona?" ("Sim, claro.") "Então chupa-me aqui na picha que ainda cheira a ela!"
E assim se constroem amizades para a vida.
Estimo em saber que há quem compartilhe do dom.
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
Culto & Revival #3
Para ouvir, re-ouvir, re-re-ouvir e abanar o cagueiro: Mundo Novo - Mexe, mexe Mexilhão
domingo, 12 de outubro de 2008
Sitting in a tin can
Universos que se pretendiam convergentes na linha do Tempo, porosos, permeáveis, íntegros no seu ser individual mas, concomitante e nada paradoxalmente, pastosos de forma permissiva a uma mistura assaz harmoniosa, celestialmente perfeita de formas e conteúdos palpáveis e intangíveis; contudo, de paralelismo mantido, fruto de vis trocas de massa e matéria gélida, obscuras, auto-centradas, inegociáveis, de aniões sobrecheios, repelindo-se e quebrando o paralelismo opostamente ao ansiado, em razão proporcionalmente directa com a crescente concentração de carga iónica semelhante.
Universos de caras mutáveis temporalmente - de duas caras, no fundo, tão díspares no início e no fim que repulsam; de falhas, defeitos, medos perdidos por um e adquiridos por outro; de amigáveis sistemas planetários abertos e expostos em orgulhosa e babada bandeja, outros permanentemente impenetráveis e galvanizados em curiosa quase vergonha.
A Física é madrasta. A Química também.
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
Não, não estou a ver

Okay, e no meio disso tudo, o nome, não sabe? Arre besta... Após 12 horas de urgência não há pachorra para o pão do dia-a-dia....
sexta-feira, 3 de outubro de 2008
Látex, oh demoníaco látex!
Ora bem, que entendem tais senhores por métodos naturais então? Deixo-vos algumas das opções que me cruzaram de repente a ideia, não pecaminosas, estou em crer:
1. - Coito interrompido, a mais eficaz forma contraceptiva?
2. - Medição da temperatura rectal todos os dias?
3. - Fé na Virgem e em Cristo e uns bons metros de rezas?
4. - Varetas nas patuscas já recheadas de embrião?
5. - Abandono dos filhos não desejados?
6. - Abandono dos filhos que não é possível sustentar?
7. - Pederastia?
8. - Ou entrega dos filhos em instituições religiosas para renovamento dos cordeirinhos para prática do ponto anterior?
Naturalmente, feita foi a ressalva de só se aprovar sexo matrimonial, tenho de ser sincero. Como se os cachopos e cachopas de 12 anos se pretendessem casar tão cedo...
Isto, claro, porque a informação de patologias com décadas de existência não chegaram ainda aos palácios do Vaticano, sendo algumas delas mais graves que pragas de gafanhotos, pois, caso contrário, duvido que pretendessem ser veículo de incentivo à ruína das -já de si envoltas em escombros- estatísticas infecciosas. Não obstante, a congénere da ASAE na Cidade-Estado, pelo cariz económico que a coisa tem, em parceria com os Departamentos de Saúde Pública do Mundo inteiro deveriam prestar uma visita cuidadosa a tais semi-divindades embrutecidas.
Bem, inevitavelmente, arderá a minha alma nos horrores Infernais para todo o sempre. Ao menos não me arde a picha na Terra!

domingo, 28 de setembro de 2008
Culto & Revival #2
Já nada é como antigamente: falta o glamour, o estilo, a vivacidade, a qualidade e cunho cultural do início dos anos '90 a esta primeira década do século decorrente.
O subsídio de Natal está já purpuricamente destinado. "Ai!, saudade..."
quinta-feira, 25 de setembro de 2008
O mito e a realidade #2 - Campanha Brigadélica contra a SIDA
Desta feita, e como prima esta fossa de conhecimentos e cultura variada pela promoção vigorosa da saúde a nível pessoal e público - e porque as gajas deste País começam a gramar com ele desde os 10 anos de idade e sem o cuidado que se impõe face à quantidade e qualidade de informação disponível, e com a qual somos constante, feliz e, pelos vistos, infrutiferamente bombardeados, ou de consciência sexual e de auto-preservação toldados pelo álcool e/ou parampos - deixo ao Mundo uma inovadora técnica, com anos de investigação e aplicação prática já em meio restrito, para evitar as maleitas descritas e também a tentativa inadvertida de perpetuação da espécie: colocar um saco do pinanço recobrindo o falo e besuntar a parte externa com piri-piri de boa qualidade, preferencialmente "sumo" de malagueta com grainhas - há casos descritos em que se fez uso de pedacinhos de chili adicionalmente -, justapondo nova camada de latéx. Haverá quem vos diga que a fricção interpreservativo promoverá a ruptura precoce mas é sinal de pura ignorância fodal: o piri-piri lubrifica e, na ténue eventualidade de estoiro, a flamejante mistela mata toda a bicharada num ápice, bem como as células da mucosa da partchaneta estruncada, o que motivará um queixume veemente em decibéis humanamente incomportáveis e uma contracção vaginoperíneoabdominal brutal, promovendo uma ejaculação-relâmpago antes da forçada retirada do espadachim do amor. Se, porventura, rebentar o saco interno, o melhor antídoto para o ardume é saliva feminina quase deglutida, isto é, junto aos pilares amigdalinos, donde se aconselha uma inspecção prévia cuidada à mucosa bucoglossogengival e o uso de uma gag-ball modificada, de maior raio e perfurada no centro, prevenindo-se assim contágio sanguíneo e desagradável encerrar violento da mandíbula sobre o maxilar após o reflexo do vómito causado.
Um dos co-autores da teoria propõe o uso de aguarrás, não estando tal substância aprovada pela Brigada Nacional de Segurança Esburacofarmacológica, porquanto é necessário bacamarte de casca grossa para suportar tão corrosiva acção, podendo mesmo ter efeito castrador em pilinhas de canixe.

terça-feira, 23 de setembro de 2008
Frase da semana #3
"Não, tenho de ir reorganizar a gaveta das meias!"

terça-feira, 16 de setembro de 2008
Sinto-me lisonjeado
Wawaweeeewa, já posso morrer em paz! Ou pelo menos dormir. Vá, arrear o pastel.
O rácio de comentários/visitas, esse, é gigantesco: à volta de um punhado por cada milhar. You're a rough crowd, aren't you?
Já dizia o outro: "também tenho pêlos no cú e cago p'ra eles"...
terça-feira, 9 de setembro de 2008
A um segundo de um par de vómitos
Não é destinada tal reaparição a demonstrar o nojo quase indescritível, a náusea que antecede o vómito como se uma bolada nos tomates houvera levado (ou fruto de uma daquelas brincadeiras adultas que na semana passada resolvi exumar: "Sabes como se chama um táxi em França...?..."), que a visita do estimado e muy nobre PM à magnânime obra, pioneira neste campo de aproveitamento económico e, creio, impulsionador de outros vários salafrários de gravatinha e fato Armani, que se resume a uma farmácia privada em espaço hospitalar, estrategicamente adjacente a consultas externas e urgências, com uma qualquer percentagem a reverter para a já positividade marcada das contas do negócio-saúde local pintado de amarelo-forte, causou na generalidade das mentes não dadas ao culto dos compadrios e benifícios simbióticos dos grand€s, bem como de odes ao capitalismo. Não teriam, por certo, algo realmente digno da mostra da caravana de A6 e A8s que não aquilo.
Desejo presentear-vos com algo que aconteceu um par de dias depois e também com extensos direitos televisivos: apresentação oficial de uma rodela musical de um tal (um tal ser, leia-se, que ninguém conseguiu ainda fazer-lhe um cariótipo e tirar dúvidas) de Castelo-Branco, conhecido também como White (em português: meita) House (, banco de).
Admito que me deixou boquiaberto com tal histerionismo e perturbação de identidade/personalidade, com tal trichice; aparvalhado fiquei também com tamanha quantidade de escravos do ridículo e das câmaras presentes que, tal como almejavam tão profundamente, ficaram imortalizados num qualquer telejornal decrépito e na porção-lixo da memória de quem teve a infelicidade de ter a TV ligada ao almoço e o comando longe...
terça-feira, 26 de agosto de 2008
Nomes e mais nomes
De facto, há dias em que observo, no papel ou em forma ainda de ideia, contudo bem impressa naquelas papas cerebrais pequeninas, que 3 ou 4 da média de 5 nascituros-pila diários irão gostar de apanhar no rabo logo desde tenra idade, fruto de uns inexoráveis crescimento e desenvolvimento sob o obscuro manto de tais nomes próprios, d’um leito imoldável traçado no momento do “acto baptismal”. Cedo me questionei sobre tal atrocidade castradora e a hipótese diagnóstica posta foi à velocidade de uma bala: consequência de visionamento de novelas e plasticidade cerebral – leia-se, influenciabilidade demencial – elevadíssimas.
Tão certo que estava de tal associação directa entre anormalidade e TVI ou afim, que TV já é tudo a mesma merda, que não me dei a horripilante trabalho de a confirmar por iniciativa própria, tendo o acaso proporcionado, aliado ao costume que os meus mais velhotes têm de se sentar frente ao ecrã televisivo em período pós-jantar/pré-ressonanço (estou em crer que somente por falta de Sol para calcorrearem as terras ou acesso impossível aos veículos da moda de entretenimento, tais como internet, disputecas ou pastilhame – ou então porque o aquecimento para o sono verdadeiro e merecido lhes é tão essencial como pão à refeição -), tão patognomónico sinal de que estas gentes são demasiado transparentes no que toca à falta de intelecto: o “Salvador” é um tal de Pedro Granger, o “Tomás” é um outro personagem bonzinho da mesma diarreia guionística causada pelo mesmo agente patogénico que tantas outras, contudo iguais, causou; o “Martim”, esse, não cheguei a descobrir ou sequer perguntar de quem se “trata” mas deve ser um “Merangue” ou pilha de bosta que o valha. Assim se conclui, em adição, que os Salvadores são os primeiros a não salvar a auto-integridade esfincteriana, em sprint muito renhido com o fruto-vermelho e o outro machacaz pelo troféu de cagar grossinho mas mole e de levar uns cachaços potentes logo na pré-primária.
Muy contente estou por minha estimada Mãe não ser apreciadora de novelas nem fenómenos musicais de época, para não mencionar o facto de ter bem, bem mais que um par de neurónios fazendo comunicação entre mácula, labirinto do ouvido interno e espinal-medula, que não estou aqui para insultar ninguém em forma de comparações, pois, caso contrário, chamar-me-ia Marco Paulo ou qualquer pirosada desse calibre.
Não que alterasse grandemente o que realmente importa, que daria de igual forma, embora mais extensa, para criar um espaço – e, estranha e admiravelmente, ainda está disponível! – virtual de endereço colossalmente catita, tipo “queresxupahloaomarcopaulo.blogblablabla.blablabla”; alterava, isso sim, a vossa convicção inabalável no que me querem chupar, criando a dúvida se não seria, nesse hipotético caso, um coto peniano ou um saco escrotal vazio.
segunda-feira, 18 de agosto de 2008
Tropa de Elite
A música-merda da Queima deste ano fu(n)ka tudo quanto é cérebro funcionante, activando o reflexo do vómito, e deixava-me um pouco receoso de deixar invadir o LCD pelo filme correspondente, tenho de ser sincero, apesar das veementes recomendações de um estimado e excelentíssimo Catsone, a quem agradeço, singelamente, a possibilidade de o ver envolto no conforto do sofá. No enquadramento do filme, todavia, mais que tolerável, é fabulosa.
O filme, resumindo, delicioso: forte, cru, cruel e violento retrato e dura crítica a um sistema-novelo quase impossível de desenlear; homenagem agri-doce aos frios heróis que o tentam combater a sacrifício de tudo e tanto. Desempenhos muito bons e que me deixam admirador de um bando de até então por mim desconhecidos, esperando que não caiam no esquecimento do público e indústria cinematográfica como os senhores e cachopos de “Cidade de Deus”.

Entra directamente para os lugares cimeiros da minha lista de favoritos. A must see.
sexta-feira, 15 de agosto de 2008
The Dark Knight
As expectativas e ganas de ver a sequela eram esmagadoras, pois juntava-se novamente Christopher Nolan como maestro e Christian Bale como violoncelista, grave, puro, poderoso.
Não saíram defraudadas, confesso, mas por razões distintas: a história em si não traz nada de novo e o papel de Bale nem por isso é cativante ou merecedor de forte empatia do público – uma espécie de puta melancólica e deprimida vestida de preto-kinky-; já o falecido Heath Ledger, esse, tem um desempenho de se lhe tirar o –julgo que os termos actual são- boné mitra, enchendo a sala de brilho numa interpretação soberba de um personagem caoticamente genial, tão grotesco quanto vilmente admirável. Nolan não deixa os créditos por mãos-alheias e faz um óptimo trabalho, podendo ter, contudo, descomic-bookzado um pouco duas ou três cenas, destacando-se o flick da Bat-Mota e o Two-(Mummy wanna-be)-Face.
Um bilhete bem valido.

Why so serious?
quarta-feira, 13 de agosto de 2008
Wanted
Se a porção inicial fez, de facto, relembrar o mítico e então inovador matrix, sem, contudo, o estilo avantgard estranhamente charmoso das vestes e não só de Keanu Reaves, Carrie-Ann Moss e Laurence Fishburn, com saltos e tiros fisicamente impossíveis, daí em diante entra-se numa mistura com o universo dos vídeo-jogos - com bullet-time-combos, acicatadores de vontade nostálgica de jogar de novo Max Payne (já saía a terceira versão, agora que a gráfica ainda aguenta. Soube recentemente que sairá em filme... Medo!) , e de Tomb-Raider - e de lugares-comuns com deixas tão pouco profundas quanto caralhentas. Previsível o desenrolar? Nada comparado com o desenlace.
Nem a cena em que se vislumbra aquilo que é, supostamente, o cagueiro da Sra. Pitt salva o filme, que tanta boca para alimentar tem como resultado um corte na ração própria nos tempos de vacas-magras que atravessamos, estando mais escanzelada que um rafeiro tinhoso, o que poderá ser também, e se pensarmos bem, fruto do desejo sexual que Brad causa em qualquer ser-vivo, mais que não seja de lhe afagar o cabelo dourado rebelde. Mas as ventas, senhores!, as ventas continuam a criar vontades estranhas de rasgar o forro dos bolsos e manter lá as mãos acatísicas. Roinc!

terça-feira, 12 de agosto de 2008
Dilemas existenciais sobre higiene oral
Parece que, afinal de contas, a Oral-B leva vantagem no campo de novas aplicações. Usem e abusem, meninos e meninas!
segunda-feira, 11 de agosto de 2008
(Des)contando vidas
Hoje, golpe de clarividência, eis o porquê: vinha descansado na A1, seus 110-130 km/h consoante ultrapassava ou não, que S. Pedro decidiu regar-nos a todos com urina bem diluída em pleno (suposto) pico de Verão e os pedaços de plástico a que um dia chamaram pneus que trago montados na carrinha PDT2 são autênticos homicídios em potência, acabado de ultrapassar um par de camiões lentos, comitiva toda atrás e já pela esquerda, quando, aparentemente do nada, surge uma nuvem de pó claro vinda do separador central e aquilo que parecia ser um bloco de cimento, bem grande e energicamente saltitão, ressaltando primeiro na faixa da esquerda, depois na da direita, bem alto e à minha frente.
"Hum, filme de acção com cena de perseguição em AE logo pela manhã... Demasiado batido!" Num ápice passa a "Eh caralho, o actor sou eu!" e enche-se-me o corpo de catecolaminas, vislumbrando pelo canto do globo ocular um carro pela esquerda, uma berma não muito larga à direita e um rail metalicamente ameaçador, a alma de uma sensação de impotência que se confunde com resignação: "Estou fodido, sem sítio por onde fugir. O que tiver de ser, será".
Pé no travão, não muito pesado, que gramar com seis ou sete no cu de uma vez só deve deixar marcas e fica-se com um andar novo, por certo - isto de trânsito compacto e incumprimento de distância proporcional à velocidade e condições atmosféricas é uma merda.
Inspira-se profundamente, sustem-se a respiração nos milésimos temporais que restam até à colisão, o tempo abranda...
Bum!!, bate na frente; não há estilhaços de vidro nem uma nova cabeça de cimento. O cockpit-fortaleza permanece impenetrável, fruto de um rasgo de sorte no meio do improvável e hollywoodesco azar de cruzar, no preciso instante, a linha de fogo de um pobre desgraçado ou desgraçada que embateu no rail central no sentido oposto e projectou betão. What are the odds?
O tempo psicológico reaproxima-se do tempo real, os pulmões descomprimem, a carrinha encosta à berma, amassada um pouco por toda a frente e com especial atenção no lado do condutor, verte fluido de refrigeração não muito refrigerado, como natural é, e a partir daí segue-se um encadear fastidio-dispendioso de telefonemas, procedimentos policiais -bem simpáticos, por sinal, contribuindo para não lhes fazer piretes sempre que passo por uma BT, Ali G style, daqui em diante-, reboque, seguros e carro de substituição.
Bottom-line is: no curto par de segundos, era menos uma mísera fracção e teria apanhado o calhau no apogeu da sua ascensão e nem o melhor Giro integral me safava de "marrar contra um (poste de) cimento". É exasperante sentir um bichano de capa preta escondido na mala, desejoso de afiar a gadanha. Foi a segunda vez dentro de um carro, a primeira muito por minha inconsciente e física-aplicada-a-carros:ignorância-pura culpa; desta feita não, o que torna tudo muito mais injusto e quase revoltante.
Os gatos lusos diz-se terem 7 vidas; os saxónicos insulares do século X e seus descendentes e associados, 9. Um Felis domesticus tem, portanto, uma média de 8 vidas.
A questão que se ergue é, contudo, quantas caberão no volume mais diminuto de um gatinho. A avaliar pelos que são passados a ferro à entrada do quintal na santa terrinha, poucas.
Já gastei duas: convirá não abusar, nem sequer no infortúnio.

sábado, 9 de agosto de 2008
BOOM Festival
Não houvera eventual fuga de informação e não teriam fumado, snifado, engolido, injectado e escondido no cu sofregamente um stash suficiente, por certo, para abastecer a Grande Lisboa, provavelmente por um mês, nos cinco minutos que antecederam a chegada da GNR.
Guardas contentes, pois então, só à base de álcool que, desta vez, não há cá charros para ninguém!
sexta-feira, 8 de agosto de 2008
"A intervenção foi 100% bem sucedida"
Relativamente a esta última tomada de assalto a instalações esverdeadas, discordo dos ditos cem porcento em termos de eficácia, caríssimos; não sobreestimem o vosso desempenho. Pelas minhas contas, 75%. Ora contem comigo: eram dois pedaços de escumalha e limparam o sebo a um deles - 50%; enfiaram uma bujarda no restante mas o dito gasta agora, valentemente, dinheiro dos contribuintes instalado num Hospital. Vendo bem as coisas, 70% no máximo.
Seria de esperar um pouco mais de vontade sanguinária, senhores, após anos e anos a matar bonecos e a esburacar pedaços de cartão com desenhos circunferenciais! Pelas imagens, foi uma corrida atabalhoada para a estreita entrada do estabelecimento como se estivessem a dar amendoins ou tremoços com sal pouco refinado, o que levaria a crer -e que foi, consequentemente, acto gerador de muitos sorrisos malévolos- que não sobrariam sequer as ossadas para contar a história. Não podiam ter feito o gosto aos dedos e a todos quantos seguiam a transmissão, género Big Brother, e enchido o parzinho de doces flores (recém-defunto incluído), gente de bem, de grossas esferas de chumbo? Oh, assim não brinco e já não sou mais vosso amigo!
Um "Bom -" na pauta de bom exemplo. Precisam-se repetidamente e aumentando a taxa de sucesso, que quem vive de expedientes já me começa a causar um certo fastio.
X-Files: I want to believe

Queria eu também acreditar que quase uma década para escrever um guião seria sinónimo de um enredo envolvente, de pregar ao ecrã do início ao fim, carregado de mistério e leves incertezas que nos acompanhariam no regresso a casa, fazendo as enferrujadas rodas dentadas cerebrais girar.
Sinto-me defraudado e escrevi um e-mail a sr. Carter reclamando o meu dinheiro de volta, que X-Files sem ETs e familiares - somente com um carinhoso professante da fé Cristã via rectal a meninos armado em médium, um punhado de russos feios e uma balela qualquer de células estaminais -, com uma realização medíocre, múltiplos pequenos desfechos a velocidade-relâmpago e previsibilidade nevando a potes, é "pouco, pouco!".
Valeu somente para recordar os bons velhos tempos colado à TV, devorando avidamente os episódios das duas primeiras temporadas e meia, mais temporada menos temporada, pela pinta visual de David Duchovny e Gillian Anderson, ligeiramente erodidos mas enrodilhados na mística própria dos personagens e na simbologia sexual que adquiriram, pelos olhinhos de Amanda Peet - podia morrer empalada de outra forma e aqui noutro sítio...- e pela pitada de humor, quanto a mim o ponto alto do filme, quando focam um retrato de Jorge Arbusto e passam o início do genérico (também aqui vou exigir dinheiro a mr. Carter, que já na faculdade usávamos tal sempre que as sobrancelhas do Migueles faziam a sua assombrosa aparição. Ya, ya, que se lixe lá o facto de a musiquinha ser "dele" e que se forniquem também essa escória a que chamam direitos de autor!).
Muito bom para uma hora e quarenta e cinco de película...
quarta-feira, 6 de agosto de 2008
Compreendendo a paneleirice, Parte 1
Para ser sincero, directa e cruamente, nunca compreendi a fixação que muitos gajos têm por enchidos de carne viva alheios, morrendo de ansiedade por tentar deglutir os ditos ou enfiá-los rêgo acima; causa-me uma certa repulsa, até.
Já birifaifias, por outro lado, e como qualquer puto que se preze, era capaz de as mirar, incessantemente e umas atrás das outras, por horas a fio, comparando e apreciando sabiamente o aspecto global, corte de cabelo, arco venusiano, conformação labial, etc etc, e, valendo o material a pena, tocar uma valente segóvia, encharcando o umbigo e regando o bandulho. Muitas milenas de escudos gastei em navegação de internet por linha e muitas revistas e calendários pedi emprestados, usando, precavidamente, luvas de látex para manusear tais escadas para o clímax.
Claro que, a par do encantamento, vigorava também a plena noção de que ratas são orifícios bafientos, propensos à proliferação de fungos e demais bicharada, quais grutas húmidas, que tanta área quente e secretora com tamanho deficit de arejamento só pode originar viveiros-estufa, dispersores cacetais de maleitas diversas; uma atracção pelo Abismo, no fundo, pela raiz de todo o Mal.
De qualquer das formas, e racionalismos ao largo, pretendia continuar consumidor convicto de imagens e vídeos -somente, que é raro ser quinta-feira- mas, e como já deixei antever num dos testemunhos pregressos, começo a verter a velocidade-cruzeiro essa mesma vontade e encanto, temendo que, se não chegarem as férias bem depressinha ou se não se acentuarem as baldas, perca o enchimento cavernoso e esponjoso por patarecas (com os melhores cumprimentos deste novo "estágio").
Não que esteja a defender os que para dentro cagam, atenção, ou que pretenda alinhar nessas práticas maceradoras de próstata; não me é tão obscuro, contudo, o temor nauseante que alguns nutrem por tais invaginações pélvicas, farfalhudas, babonas, papilomadas, ornadas com réstias de papel higiénico bem colado, cuspindo fluídos pastosos - só lhes faltam olhos e dentes em movimentos mastigadores para que me persigam em pesadelos!
Diz o Povão que "tantas gretas vêem os ginecologistas que um dia se fartam". Permitam-me a modesta correcção: não será a quantidade já que, nestes tempos de world-wide-connections, seríamos todos abstémios de snaitas, mas sim a qualidade ou falta dela. Porque não são as consultas autênticos filmes triplo-xis em vez de uma concentração abjecta de desgraçados pedaços de bacon?
Eis-me aqui, com mais umas longas horas por diante, mantendo a tradição das urgências, afinal, escrevinhando burridades para que o voto ao desprezo e abandono, adjuvado por nada ter que/saber fazer, não se apodere da minha réstia de sanidade mental, entidade de si controversa, esmagando-a como papel, levando-me a fugir desvairadamente para o ninho de lençóis. Vão valendo adicionalmente as idas ao mijatório, permissivas ao inalar dispneico do suave perfume a colhão suado e glande ureica, lembrando os sais de cheirar dos halterofilistas, mantendo-me acordado e de pés bem assentes. Aguentarei estoicamente as quase duas mão-cheias de horas de pasmaceira decrépita que restam!
Sabeis o que vos digo? E viva Cu, senhoras e senhores!
terça-feira, 5 de agosto de 2008
Frase da semana #2
Parabéns, excelentíssima SS, pela fabulosa substantivação e adjectivação da minha falta de maturação. São amigas como tu que dão um empurraozinho ao ânimo todas as manhãs! Obrigado.
segunda-feira, 4 de agosto de 2008
Culto & Revival #1
Os extintos SoundGarden com "Black Hole Sun"
Regresso de férias
Pensei eu: "É o gerar de novas vidas, merda respeitável, quase mágica, que merece alguma deferência. Hoje vou deixar de ser um azeite da pior espécie e vou honrar a porca da bata que me emprestaram e que, no final do ano, gamarei porque gosto das cores e composição estética do símbolo."
Vesti calcinha preta sem ser de ganga, estilo velho, t-shirt grossa branca-creme com estampa de classe, calcei os Bikkembergs envernizados, aprumei na escovagem dentária e no alinhar do cabelo em direcção ao cosmos e cortei as unhacas tarrentas rentes. Até banho tomei. E perfumei sovacos e pichota.
O charme era tanto que o brilhante Sol se envergonhou e escondeu os raios por detrás das fofas nuvens com a minha aparição fora do prédio. Os olhos viravam à minha passagem, as multidões paravam em contemplação, a Entidade Pública Empresarial gelou - ou não, mas um indivíduo tem de viver um pouco nas criações mentais próprias quando tudo o resto escasseia -.
Apresentações, definição de horários e toca a fazer figura de corpo presente - e preenchedor de requisições analíticas - nas consultas.
Que há de errado com a terra do Pinhal? Grávidas de 17 e 18 anos... pela 3a vez. Uma, duas, três; que realidade é esta? Retrocesso temporal? Onde ficou a máquina do Tempo? "É o quarto que levo a termo. Mas já botei uns oito abaixo! E vou dar este a quem precise." E a máquina da inteligência mínima ou uma betoneira para lhe encher as entranhas de betão armado? Já agora, uma mangueira? Senti-me a viajar no Tempo novamente quando a primeira consultada do dia se livrou do cuecão, recordando-me o odor corrosivo do memorável episódio deste sábado passado quando vomitei copiosamente álcool e azeitonas e carne e feijão e bases de pão e massa folhada feito menino de secundário.
Para quê tanto trabalho? Até o próprio acto de criação está carcomido na sua beleza e dignidade, fruto das mudanças supersónicas que gentes e mentalidades atravessam. Não me merecem cuidados e paciência.
Amanhã regresso e, de novo, com indumentária diferente: botas de borracha e um capote de oleado para não me deixar atingir, física e imaterialmente, pela decadência e burrice eventualmente infectocontagiosa.
sexta-feira, 1 de agosto de 2008
Meu querido mês de Agosto | Passo o ano inteiro a sonhar (MCM #3)
Nesta época do ano era obrigatório fazer uma vénia a todos os Emigrantes "champignies" que nos granjeiam a atenção auditiva com os seus melodiosos "ah pfffff, ah bon" e nos açucaram as retinas com a bela moda parisiense guettesca. Fica uma amostra do que por lá se faz em honra aos que por cá permanecem para que corados de orgulho fiqueis.
Para vosso puro deleite, "La Harissa - Menina Bonita"
Um prémio para quem aguentar ver até ao final. E outro para quem arranjar uma barbicha de chibo idêntica à do bicho que rosna...
domingo, 27 de julho de 2008
Rescaldo da Travessia de PT
Interessa sim, e atalhando, que não chegámos, já montados, às horas que deixei publicitadas ao torreão do relógio da Figueira mas fica-se-me a consciência embalada em tranquilidade que as confirmações de comparência foram nulas, ao invés dos declínios dos convites endereçados mais pessoalmente.
De qualquer das formas, e se alguém houve que compareceu e deu de caras com total ausência de companheiros, as mais sinceras desculpas, acompanhadas de uma promessa de redenção em forma de repetição num futuro, espero, próximo com uma “ligeira” alteração de percurso e dificuldade.
Não obstante sermos um grupo mais reduzido do que o que seria aconselhável em termos de rotatividade e subsequente poupança energética, o desejo de iniciar tal jornada era colossal; no meu caso concreto, equiparável ao temor gerado pela longinquidade do destino proposto.
Outra coisa que não irredutível vontade seria de esperar dos dois senhores que encetariam também tal “loucura”, meus Mentores por razões tão distintas: meu Pai, por todo o apoio e presença, bem como algumas chamadas experientes à razão, e o sobejamente conhecido no círculo bttístico nacional, Francisco Padilha, instilador há mais de uma década do vício de pedalar. Responsabilidade acrescida aos previstos 245/250 kms que se empilhavam pela frente, pois bem, que o treino pessoal já teve melhores e mais disponíveis dias e acompanhar esta poderosa veterania, um par de autênticos devoradores de asfalto e trilhos, não iria ser tarefa meiga…
Parecia a meteorologia favorável: até então sem chuviscos e manifestamente fresco, óptimo para a prática.
Podia jurar vislumbrar, muito ao longe, o Cabo das Tormentas…
Breve apresentação dos 4 cavalos de batalha:
Trek 5200 OCLV com Ultegra 9v 52/39 e 27/12, American Classic 420 Bladed com Conti GP4000S, Ritchey WCS, SLC
Cervélo R3 com Dura-Ace 27/12, Stronglight Pulsion Ti 53/39, M5 Leichtbremse, Schmolke, F99 Tuned, Zipp 303 com Conti Sprinter e apertos Tune Skyline, ASPide Composite
Time ProTeam com Campi Record Carbon 50/34 e 23/11 e Skeleton, Time Carbon, Fulcrum Racing Speed com Tufo Elite Jet <160
Peugeot 306 Break D-Turbo: conduzida magistralmente pela sra. minha Mãe e carregada de bidons e garrafas de água. Carrinha de apoio.
Partida às 8h38 em ritmo de aquecimento com muita conversa à mistura.
Assim foi até Montemor-o-Velho (42min desde a partida), passados anteriormente por Maiorca e aqueles temíveis e terríveis lances de “calçada portuguesa” (por muitos anos que viva jamais conseguirei descobrir –quanto mais interiorizar!- a utilidade, beleza ou vantagem de tal piso. Tradição? Não, somente arcaísmo…) que tanto desconforto causam a qualquer roda de estrada, em especial às delicadas Zipp, e também a qualquer esfíncter (que de facto deram sinal de vida, surgindo uma imperiosa vontade de redução de peso vesical com tamanha trepidação), altura em que me envergonha a média horária que, a ser mantida, nos faria chegar primeiro às portas da Noite que a portas de Espanha.
Consensual a regrada necessidade de aumento de ritmo, tomando –e mantendo- a iniciativa de puxar pelo mini-grupo.
Se a baixa temperatura fazia pender a balança da Sorte em nosso favor, já o vento opositor do movimento Oeste-Este tinha contrário propósito e, se me fosse dada possibilidade de escolha, preferiria calor a vento de frente.
Passagem por Montemor-o-Velho.
O ritmo sofreria um incremento considerável daí até ao próximo ponto de referência.
Aproximamo-nos a olhos vistos de Coimbra e damos entrada nos limites da sapiente cidade 1h20 minutos após o arrancar para a proposta etapa com 44,5 kms (2 kms extra que a “partida simulada” foi em Buarcos) nos medidores das ditas unidades métricas de distância.
Média horária acima do valor-barreira psicológico apesar do início a passo de caracol. Mas a procissão no adro ia ainda…
Saída de Coimbra com 50 kms percorridos, sensivelmente.
De Coimbra a Poiares, tendo passado na circular dos Pólos e entrando na N17 (Estrada da Beira), pareceram-me os topos mais longos e pronunciados que o habitual com o teimoso vento soprando ininterruptamente. Fruto inequívoco dos kms que teimavam em restar e ainda da aproximação temporal à duração máxima dos últimos treinos… O que estaria reservado daí para a frente?
Apreciando a envolvência tão verde quanto bela e o tímido rio Ceira, eleito por maioria absoluta (2:1) como a “locomotiva” de serviço fui e à frente continuei apartando os ares e aragens: a moderadamente longa subida de Poiares até ao início da descida de 3 kms para a Ponte da Mucela já bem a conhecia e foi feita com moderação, vulgo em modo de poupança, chegando ao topo com 2h20m de andamento.
Eis que surge a primeira diversão do dia: 3 vias com muitas curvas rápidas, algumas apertadas em jeito de falsos-ganchos! Não me deixou particularmente divertido, e confesso, a brutal supremacia das Speed, passando pelas 303 com velocidade e zunido estonteantes… Que remédio se não “colar”…
Regressam as rampas com inclinação positiva e, com ela, a primeira curta paragem do dia para reabastecer bolsos e bidons; contavam-se 2h45m de viagem e havíamos saído de Mucelão. Os odómetros marcavam 82 kms e a paisagem continuava soberba, de invejáveis verdes trajada, Lousã ao fundo, pelas costas e lateralmente.
As regras mandavam continuar e em foras-da-lei nos mascarámos, compelidos pela tão portuguesa sinalização deficitária: Oliveira do Hospital para a esquerda? Seja, então. Engraçada a proibição, um pouco mais à frente, do trânsito de velocípedes e a ausência de alternativa (e indicação) para similar destino. Um par de kms no IC8 feitos a velocidade relâmpago. Neste particular caso, a velocidade locomotiva-acagaçada.
Sobe-e-desce, sobe-e-desce, e surge um marco com a indicação de que Celorico dista 82 kms daquelas paragens. Recuso-me a processar tal informação e concluir suas implicações, deixando-me ficar pelas garrafais letras que anunciam Oliveira do Hospital a 28 kms.
Um passo de cada vez, meus senhores!
Repentinamente, três dígitos piscam nos medidores de distâncias. Estávamos no meio de nenhures, submersos em frescos eucaliptos e com bom piso para prosseguir… houvesse pernas. Um par de quilómetros à frente, após novo ataque sonoro e supersónico das tão apetecíveis quanto malditas Speed, entramos em Gândara de Espariz e lembro-me de ser vítima de um pensamento luxurioso e incrivelmente –atrever-me-ia a chamá-lo criminoso- pecaminoso: “trocava a bem-amada Cervélo por um qualquer BMW ou Mercedes desses expostos em tão bem recheado stand para terminar a jornada”. Fundamentado pensamento, contudo, que os 20 kms seguintes até Oliveira seriam maioritariamente a subir e marcadamente penosos, sabendo-me pela vida os curtos momentos em que, sem dar parte de fraco -o orgulho é uma faca de dois gumes bem afiada-, permitia que os veneráveis companheiros puxassem um pouco. Há que respeitar “hierarquias” e defender a condição física dos que admiramos mesmo que a expensa pessoal.
“Empeno ao mesmo número de quilómetros que no ano passado”, pensei, esmorecendo um pouco. Aficionado que sou do maravilhosamente alucinado Fight Club, ecoava no crânio, em jeito de boost de incentivo, “I ran until my muscles burned and my veins pumped battery acid. Then, I ran some more”
Com 4h10m passamos ao largo de Oliveira e, súbita e estranhamente, a condição física melhora grandemente. Efeito da mescla Pinho-Eucalipto que se fazia respirar saudavelmente e/ou da energia brotante da mítica Estrela? E o ritmo aumenta novamente, depressa chegando, com mais uns beliscões no defunto contentamento com as Zipp –tentando, contudo, reanimá-lo com proclamações mentais repetidas de “são mais leves, mais polivalentes, ficam melhor no conjunto da bicicleta”-, ao limite inicial do concelho de Seia, coincidente com o amear teórico da tirada e com uma placa informativa geradora de alguma satisfação: Guarda a 75 kms.
Até Seia foi um agradável salto, com algumas descidas e muita recta, impregnados que estávamos de um doce e seco calor embebido num saudoso e familiar odor a verão Beirão, embriagados com a densidade de pinheiros-bravos, chegando ao sopé da imponente Serra – e que ganas de a escalar! - com 4h40m de pedaladas, 136 kms e 3422 kcal consumidas.
Segundo abastecimento, era mais que tempo.
Prossegue-se viagem, aos altos e baixos, e Gouveia é ladeada às 5h03min com 147kms nas pernas.
Daí em diante, a paisagem muda substancialmente, tornando-se a vegetação mais esparsa, o pasto bem mais seco tingido de um dourado-quente, tão longe da minha ideia de “Fields of Gold” - que esses não seriam fustigadores do povo que, esforçadamente, tentava, em tempos idos, garantir a subsistência com recurso aos ditos -; baforadas tórridas penetrantes, áridas até aos ossos, faziam parelha com os vigorosos raios solares que não deixavam pernas e dorso passarem frio.
Começa o ritmo a baixar, que qualquer subida era enfrentada com muito juízo por parte dos companheiros face à distância por percorrer ainda. Ponderei, por milissegundos, manter o meu ritmo. Contudo, morder a mão de quem me alimentou e alimenta, jamais; permaneci em grupo, como mandam os princípios de companheirismo e continuamos lentamente até Celorico, passando ao largo de Linhares da Beira e apreciando a nova mudança na paisagem circundante, de novo mais verdejante e rica.
Celorico da Beira: 5h56m, 171 kms. Vendaval ciclónico anti-progressão, de pouca dura, felizmente.
Passagem rápida pela óptima circular externa, paralela à A25, em posição desconfortavelmente aerodinâmica rumo a Vila Cortês do Mondego via N16. Uma rotunda esteticamente divinal secciona a recta descendente, que fotografaria caso não considerasse extremamente imprudente puxar da máquina fotográfica com os Continental a rodar a aproximadamente 9 dezenas de quilómetros horários.
Ligeiro topo, nova descida; passagem alucinante pelo cerne de Vila Cortês, com curvas de força centrífuga oposta justapostas por entre largas paredes graníticas, estilo GP do Mónaco! Impunha-se o popular dizer: “Quem muito desce…” Cada metro vertical descido em pleno deleite teria que ser reposto, a custo de suor e sacrifício, mais à frente… Já o prenunciava a antiga IP5, serpenteando, gigante de betão e asfalto, pela rasgada escarpa acima.
Terceiro abastecimento com alongamentos à mistura. Contavam-se 183,5 kms.
Passam-se dois lances de paralelos e pelo Porto da Carne, iniciando-se a escalada. Cavadoude e Tintinolho à esquerda, embutidas na formação granítica colossal, vale do Mondego à direita sarapintado de povoações, ladeado, ele próprio, por uma muralha rochosa que o separa ainda de Celorico.
Faço cumprir o antigo e secreto pacto com tal subida: se a mantiver perspectivada como recta e a abordar em talega, sou poupado a castigo veemente infligido pela respeitável rampa e é-me permitida a passagem sem mazelas de maior. E deixo temporariamente os companheiros de viagem a sós, que bem me perceberam; há momentos que têm de ser vividos sozinho, em comunhão perfeita com a Natureza, com a bike e com a subida.
A paisagem lunar vai dando lugar, gradualmente, a um manto clorofílico que nos arrefece corpo e mente, incentivando a continuar rumo à terra-mãe que chama.
Passa-se a entrada para a calçada Romana de Tintinolho, erguendo-se quase verticalmente numa escadaria ciclável de enormes lajes graníticas, os postos antigos de venda à beira da estrada e, quase sem se dar por ela, chega-se ao gancho à esquerda da entrada de Chãos. Faltam cerca de
Prado, Gulifar e uma porção de piso recém-assente, Cubo.
Encosto satisfeito junto ao cruzamento para Maçainhas, à sombra, e aguardo pela cavalaria. Trazia 7h04min e 197 kms.
Passa-se uma dezena de minutos e engorda a inquietação: não é normal tal gap, algo se passa pela certa. Volto abaixo e, de facto, o lendário Padilha atravessa um mau momento, não lhe sendo possível exceder as 120/130 bpm. Há dias assim - já tive a minha dose – mas é o primeiro que lhe conheço.
Seguimos juntos até ao topo da Guarda (não aos 1056m do "Castelo", somente a 975m de altitude segundo o Polar) e aceleramos cidade abaixo em direcção à Estação, onde o grupo fica desfalcado de um elemento, apoiado previamente pelo carro.
Recomeçamos a pedalar, em terras mais que familiares, e aproveitamos o vento, finalmente, lateral ou pelas costas, rolando entre os 40 e
Marca o Polar 8h00m de viagem no início da descida para a Ribeira das Cabras, coincidentes com o dobrar da barreira dos 220 kms.
Ultrapassa-se a subida de 3 kms e tal para Alto de Leomil agradecendo o piso novo (e já bem merecido) e continua-se a vigorosa pedalada até passarmos Castelo Mendo –que visitaria para vos presentear com fotos caso não viesse em “serviço”- e descemos até ao Côa.
A estrada continua miserável, acrescentando epinefrina àquela libertada pela rapidez da descida, tal como a zona ribeirinha em si liberta serotonina.
Piso novo até Vilar Formoso, quase, e entro em brincadeira com o progenitor: quantos minutos lhe conseguiria “dar”, agora que o “homem da marreta” havia dito olá, até ao final da subida de 6 kms, dos quais já havíamos percorrido um ou dois? Arranco tão rápido quanto podia e mantenho o ritmo por um par ou trio de quilómetros, passando por Castelo Bom, mas acusando o esforço mais acima, vendo-me forçado a abrandar até vislumbrar a tão almejada placa sinalizando a entrada de Vilar Formoso.
Volto abaixo e sigo com o resistente companheiro até à fronteira, a ritmo de passeio já e com um sorriso por debaixo da máscara de esforço e cansaço.







Arquitecturas graníticas da Natureza
A repetir dentro de um ano nos mesmos moldes, com esperança de que corra melhor e sem maus momentos físicos.
O meu mais sincero bem-haja aos três.