quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Wanted

A publicidade pré-lançamento passada nos cinemas não fazia antever grande película, uma espécie de Matrix regado com azeite e povoado de assassinos-maravilha, 500 cavalos de Víbora em manobras impossíveis e Angelina Jolie.

Se a porção inicial fez, de facto, relembrar o mítico e então inovador matrix, sem, contudo, o estilo avantgard estranhamente charmoso das vestes e não só de Keanu Reaves, Carrie-Ann Moss e Laurence Fishburn, com saltos e tiros fisicamente impossíveis, daí em diante entra-se numa mistura com o universo dos vídeo-jogos - com bullet-time-combos, acicatadores de vontade nostálgica de jogar de novo Max Payne (já saía a terceira versão, agora que a gráfica ainda aguenta. Soube recentemente que sairá em filme... Medo!) , e de Tomb-Raider - e de lugares-comuns com deixas tão pouco profundas quanto caralhentas. Previsível o desenrolar? Nada comparado com o desenlace.
Nem a cena em que se vislumbra aquilo que é, supostamente, o cagueiro da Sra. Pitt salva o filme, que tanta boca para alimentar tem como resultado um corte na ração própria nos tempos de vacas-magras que atravessamos, estando mais escanzelada que um rafeiro tinhoso, o que poderá ser também, e se pensarmos bem, fruto do desejo sexual que Brad causa em qualquer ser-vivo, mais que não seja de lhe afagar o cabelo dourado rebelde. Mas as ventas, senhores!, as ventas continuam a criar vontades estranhas de rasgar o forro dos bolsos e manter lá as mãos acatísicas. Roinc!

Mau que é, sempre deu para entreter nas duas horas que antecederam o terrível e obrigatório “picar” do dedo à uma da matina… Quando estrear, e se tiverem amor aos vossos oitocentos paus, gastem-nos em cerveja e tremoços que ficarão, garanto-vos, mais bem-dispostos convosco próprios.

“What the fuck have you done lately?” Gastei duas horas em que podia dormir em cima de uma secretária ou marquesa-da-perna-aberta…

1 comentário:

Catsone disse...

Mr Morgan Freeman não merecia isto...