sexta-feira, 8 de agosto de 2008

"A intervenção foi 100% bem sucedida"

Terá tal moda começado, e que me lembre, após um episódio quase mítico de um indivíduo que de subtil pouco tinha, fechado numa casa-de-banho (há que começar sem grandes pretensiosismos e com metas plausíveis) e exprimindo-se de forma quase musical, tanto que deu material para refrão a umas quantas faixas de Techno/Dance de companheiros de vida despreenchida e cheios de tempo. Alguns se seguiram mas sem metade do mediatismo.

Relativamente a esta última tomada de assalto a instalações esverdeadas, discordo dos ditos cem porcento em termos de eficácia, caríssimos; não sobreestimem o vosso desempenho. Pelas minhas contas, 75%. Ora contem comigo: eram dois pedaços de escumalha e limparam o sebo a um deles - 50%; enfiaram uma bujarda no restante mas o dito gasta agora, valentemente, dinheiro dos contribuintes instalado num Hospital. Vendo bem as coisas, 70% no máximo.

Seria de esperar um pouco mais de vontade sanguinária, senhores, após anos e anos a matar bonecos e a esburacar pedaços de cartão com desenhos circunferenciais! Pelas imagens, foi uma corrida atabalhoada para a estreita entrada do estabelecimento como se estivessem a dar amendoins ou tremoços com sal pouco refinado, o que levaria a crer -e que foi, consequentemente, acto gerador de muitos sorrisos malévolos- que não sobrariam sequer as ossadas para contar a história. Não podiam ter feito o gosto aos dedos e a todos quantos seguiam a transmissão, género Big Brother, e enchido o parzinho de doces flores (recém-defunto incluído), gente de bem, de grossas esferas de chumbo? Oh, assim não brinco e já não sou mais vosso amigo!

Um "Bom -" na pauta de bom exemplo. Precisam-se repetidamente e aumentando a taxa de sucesso, que quem vive de expedientes já me começa a causar um certo fastio.

Sem comentários: