sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Frase da Semana #11


Fará amanhã duas semanas, foi dia de subida à Torre no âmbito da Volta à Portugal e, como tradição é, a chegada foi vista lá bem no cimo, recorrendo-se ao movimento de dupla biela para se chegar lá acima. Há 14 anos que a faço e, desde que me lembro, nunca me custou tanto, tenha sido por falta de treino, velhice ou, simplesmente, falta de força na verga. A verdade é que chorei em cima da burra, fiz metade do trajecto cheio de arrepios e com febre, fui passado por múltiplas brigadas da barriga-de-cerveja e só não desisti (vergonha suprema) porque o carro havia ficado, felizmente, do lado oposto da castigadora formação rochosa...


De qualquer das formas, e massacres ao largo, sem o costumeiro click endorfínico precoce, só se dando tardiamente já, o ambiente tem involuído de forma notória, sendo muito parcos os sorrisos, para não falar já das antigas palavras de apoio e força, que, se antes eram o prato diário, hoje dinossauros são, extintas, e crescente a falta de simpatia e educação de quem pedala - que saudades dos tempos em que toda a gente se cumprimentava e das estradas livres desta espécie ciclística de novos-ricos, putos e graúdos cheios de mania e cagança que "eles é que pedalam" quando não passam de uns merdas a todos os níveis - a hipóxia cerebral condicionou uma resposta instantânea, pavloviana se alguma vez houvera pensado em tal expressão, a um qualquer insulto de um badocha sebento que escorropichava uma malga de tinto carrascão e tentava lamber o fundo ao garrafão de vime:

"Mama aqui que está salgadinha!"


sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Música do dia


Vi o telejornal hoje... spooky shit, a minha pessoa a ver televisão! E lembrei-me disto...

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

MCM #4 - Ele é corno mas é meu amigo

Sem palavras... E a merda é que passei a manhã a cantar isto!

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

1000 e um

Começamos o noticiário com a informação de 800 e tal casos de infectados com a porcinice; 800 e tal macacos espirrados por colos do útero…
Ao ritmo de propagação habitual, que tenderá a exponencial, deverão ser atingidos os 1000 casos hoje. A questão é: que prémio darão os órgãos de comunicação social ao milésimo reportado? Dois minutos de antena no programa da Júlia ou Goucha? Uma entrevista da dupla de gordos menos piadética de que há memória? Uma caixa de tamiflu comprada nos chineses? Uma torradeira a pedais?
Provavelmente uma cena tipo big breda, com um esmiuçar nojento da vida pessoal e familiar do personagem, quantos espirros deu, quantas vezes se gregoriou, quantas cagadelas esparramou na pia, que promessas fez à Sra. de Fátima se sobrevivesse e não deixasse os filhos à mercê do destino? Não percam o próximo episódio, que nós também não!

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Gripe Porcina

Após muita tinta corrida, depois de muita coisa dita, redita, desdita e maldita, ao estilo sensacionalista dos 3º ou 4º canais, exclusivamente no título, por que em tudo o mais prima pela assertividade e acuidade científica aplicada em frutuosas investigações, parte das quais no loccus que se julgava de início da já saturantemente famosa pandemia – ground-zero, The Causeway Bay, Hong-Kong, onde se fecharam escolas e se prenderam putos ranhosos de olhos repuxados temporooccipitalmente nos domicílios – deixo aqui TODA A VERDADE (rufar de tambores, se faz favor, seus cabrões que albergam esta merda) sobre esta patologia que faz disparar o alarme em qualquer cerebrozinho facilmente moldável por essa máquina abissal de massificação de terror e predisposição portamoedística (desde que bem grande, a nível de Nações inteiras) no sentido de, e retornamos ao verbo “disparar”, vendas farmaceuticofarmacológicas. (Para quê limitar-se a visão de saldo de conta positivo a um pedacito tão reduzido como o é o eternamente agitado Médio-Oriente se o Globo é tão mais redondo?)

Desvendo-vos, por alto, as bases da investigação por mim liderada na, criada de emergência para a compreensão e estudo do fenómeno, Fundação Xu-Pamakiohporcina (FXP), cofinanciada pelo assalto ao cofre de receitas oriundas das católicas vendas do mais recente, e único, manuscrito, fotocopiado no posto da Junta e da GNR da aldeia vizinha, do Sr. Prior cá da terreola – “Ó diancho, nunca me vires as costas, petiz!”.

Houve que iniciar o estudo pelo génesis da coisa e as hipóteses eram várias e não facilmente descartáveis, infelizmente.

a) Seria castigo de Deus, Alá, Buda, do Elder choroso sentado ao fundo da rua porque se lhe rompeu a meia e a unha do hallux parece querer despedir-se dele? Deus já tem gozo suficiente em observar os peões a destruírem o Planeta e a terem que gramar João Baião novamente como apresentador do evento comercial que é a Volta; Alá, afinal, era o seu próprio representante terreno e está de férias; Buda está gordo que nem um chibo, apaparicado por meretrizes que lhe dão ameixas e merdas conais afins, não tendo sequer força para levantar aquele cu badocha quando quer dar uma farpa; o Elder, coitado, incorreu no erro de ir pregar à porta da capela do dito Prior e a dor na unha é a menor das suas. Não, a Lógica Aristóteleana não aponta neste sentido nem sequer direcção.

b) Porventura ganho de virulência por mutação ou recombinação genómica dessa bicharada de merda que só é batida em termos de estranheza pelos priões? Possível, mas difícil, demasiadamente, de lhes perguntar directamente, sem rodeios ou tabus, se são tipo gaja, facilmente mutáveis em termos de humor, ou tipo caga-pra-dentro. Perder-se-ia, adicionalmente, nesse processo, objectividade, pelo que se colocou fora das opções disponíveis. Ciência acima de tudo.

c) Surgiu a questão se seria um H5N1 irado pela pouca adesão à vacina que se tornou num vingador Rambónico mas, depois da última metragem da personagem, quem teria coragem? Ruled out!

As ideias escoavam-se-me a um ritmo constrangedor até que, e o mais óbvio é, por vezes, o mais difícil de se ver, eis que recebo um antigo vídeo de culto documentando um gajo a ser enrabado por um barrasco gorducho e, EUREKA!, ora aqui poderá estar a solução! Primeira tarefa, pesquisar quantos vídeos com recos-reco haviam sido feitos recentemente. Parece que a tara voyeurista por esse tipo de arrebentadelas decresceu a olhos vistos nos últimos anos; dado que já conhecia, aliás, pretensiosismos de lado, pelas infrutíferas tentativas múltiplas recentes de encontrar, dentro da área, algo novo com que vos acetinar caixas de mail.

Tornava-se necessário fazer uso de todos os recursos à disposição e lançar um world-wide-enquiry ( e quem melhor e mais experiente na área do que a Dra. AR, incansável no que toca a papelada? O meu “muito obrigado” pela imprescindível e mestra colaboração) a todos os frequentadores dos fóruns obscuros da prática zoofílica e aos polícias-de-bairro ou xerifes, que entregariam, mesmo a expensa do próprio corpo, o dito inquérito aos senis corcundas mais suspeitos de assaparem em javardos doentes por serem mais fáceis de agarrar e cavalgar. Zero!, zero resultados; a carne suína anda mesmo em crise de consumo.

Desesperava… Tanto que me fui confessar, pedir um nanossegundo de atenção celestial e… um raio de brilhante Luz!, a renovação populacional é tão diminuta por aqui que não só nos putos poderia o meu interlocutor, que enfrento sempre olhos-nos-olhos, sem margem a excepções, encontrar a paz tomatal. A tender um bocado para o descarado, nada do meu feitio, e a arriscar mais uma excomunhão, decidi perguntar-lho e, límpido como água, como com senhoras não podia praticar o amor carnal e a drenagem tem que ser feita periodicamente, levava um pequeno marrano, entretanto falecido e comido na festa de Nossa Sra. Da Ajuda – Paz à Sua Alma! –, em sua vez ali ao lado, a Fuentes, e ficava a observar enquanto ciliciava o cacete. Posteriores investigações deram como consumada a migração de tão serventil senhora até ao México, coincidente com os primeiros casos reportados. Luz ao fundo do túnel, talvez!

Reviravoltas do destino ou bênção do arrependimento do pastor, encontro, durante aquilo que acabou por não se revelar autenticamente como férias, pelo acicatar do espírito investigador, a rotativa pêga na China, na rua - não em Macau porque as carunchosas são recambiadas para a China continental -, misturando o Espanhol com asneirada (perdão à sua alma) em Português, facilitando o reconhecimento através da foto que me havia sido facultada anteriormente. Não podia perder a oportunidade científica do ano e agarro-a com uma seca pancada atrás das orelhas e arrasto-a para a sala de interrogatório/pesquisa que improvisaria.

Reza a história, sem ter que recorrer a toalhas molhadas nem cabos de bateria, que, certa vez, o porco espirrou enquanto lambia sopa da beterraba da dita passareca da senhora e, desde aí, tem a donzela andado com frustes sintomas gripais. Carecia de investigação ulterior, pois, pelo que, por métodos cirurgoimunocitohistoquímicos... foi feita.

Já diziam os ancestrais, o fundo de cona é um saco infecto, o que traduzido para linguagem científica e aplicado ao caso corrente, é uma caixa de petri tamanho grande e, com meio de cultura lácteo, propício à proliferação viral. Pois bem, não necessitou o vírus de mutar, a transmissão havia sido feita para um ser meio cochino, meio humano; e o nosso querido vírus é mais engenhoso que perigoso, uma espécie de McGytas microscópico, infectando também o colo do útero, modificando a musculatura lisa do mesmo, aprendendo este último a espirrar cada vez que é regado pelo tal meitame nutritivo.

Está clara a propagação a partir da conclusão do complexo processo: transmissão putanheiro-esposa quer por via minetística ou bergamassal e, qual fórmula matemática, esposa = mulher = Frase da Semana #8 … xaram, desvendado o mistério da hipótese pandémica na sua promíscua totalidade!

Questionais-vos do motivo do tamanho tardar na publicação deste estudo, suponho agora eu. Parece-me oportuno fazê-lo agora, altura em que corre um e-mail potencialmente perigoso e que, induzindo a população em erro, poderá facilitar a aspersão da bicharada, sendo então pertinente esta minha intervenção a nível da prevenção à escala Global, passando a ilustrar o dito e-mail:



A FXP desaconselha totalmente este tipo de baile de máscaras sem teste serológico prévio pelo anteriormente exposto e irrefutavelmente fundamentado.

Mais alega a FXP: vacinas ou máscaras faciais para quê? Sendo a via de transmissão a sexual e não se conseguindo minetar com o pedaço protectivo recentemente mencionado, se pretenderem caldo de grelos e seguirem a máxima infra-imagem, livres de perigo estarão. Fundamental será máscara no caralho ou mocar o colo uterino até o deixar inconsciente e não poder babar!