quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Culto & Revival #5

Comida parca mas paga a peso de prata, vista infernal para uma central de transformação volteica da EDP, boa companhia, parvalheira habitual e comentários de fazer gelar e depois corar a mais sólida parede, eis que surge à baila o novo trabalho que os "Placebo" preparam e, eventualmente, a aparição correspondente por Portugal, que desta feita não me perdoarei se ao evento não assistir.

Fica uma das muito boas músicas destes bichonas musicalmente fabulosos.
Um relembrar para alguns, "novidade" outros tantos, Placebo - Leni

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Tanto que se ressabi... trabalha!

Quero-me mudar para a enfermaria de Ortopedia, carago! Aquilo é qualidade de vida! Adicionalmente a não terem de carregar estetoscópio, a poderem esquecer Prontuário, a darem cartas a toda a gente em questões de produtividade estatística com consultas de meio minuto, ainda têm televisão no serviço e quartos! Mais, passa a dita caixa mágica as duas ressabiantes MILF do nosso jacto-palco: Sónia Araújo e Rita Guerra!

Prescrição para reabilitação de uma fractura subcapital do fémur? Sim, sim, acho que baton rosado-gloss ajuda à coisa...

domingo, 18 de janeiro de 2009

Hino de corte às Senhoritas

Quer um prezado colega -como as putas, que o é- projecto de Internador de uma Figueira à beira-mar plantada imortalizar uma sua criação embalada por Baco e Dionísio ao mesmo tempo, que qualquer um deles, per si, apanharia uma camoeca de o deixar em coma somente com o bafo desinfectante de tal animal, neste cantinho de elevadíssima categoria de conteúdos apaixonantes e dignificantes, tendo eu acedido, pela primeira vez (seria também a primeira oferta?...), a dar entrada de algo que me é inteiramente alheio sob compensação de o poder insultar publicamente uma vez mais, desta feita por escrito, que lhe confere uma classe adicional.
Sem delongas ou suspense adicionais, aqui fica:

Djemba, conhecido também por Tucker ou Vileda-Ocre, és o maior pedaço de merda com braços que já pisou este Globo! Fazes corar de inveja todos os proxenetas pretos com sida e dourados pendurados ao pescoço por seres tão chunga e teres um cabelo demasiadamente abjecto, parecendo uma ninhada de ratos peludos coberta de entulho de obras de uma casa de putas da pior espécie, cheias de sífilis e condilomas anais; as flores murcham à tua passagem pela catinga corrosiva que emanas e pelo bodum que as sapatilhas que roubaste a um puto cigano - e que rompeste na biqueira para lá te caberem os dedos- largam, parecendo tu um surdo cano-de-esgoto possuido por tudo quanto é cagalhão africano ambulante; mamas pilas nas horas vagas para pagares o álcool, sendo então a mais reles prostiputa de que há memória. E mais feia também. Nulidade, parasita, abissal pilha de estrume, scorge of the Earth!
No fundo e resumindo, assemelhas-te a um cabaz de cornos rachados, daqueles que não dão sequer para cornetas ou reservatórios de vinho com tetina.

Ufff, já está! Um grande abraço!



Ah, e não é que me esquecia?:

(Des)Humanos - Quero é foder

Vou foder
Até quando eu não sei
Que me importa o que pinei
Quero é foder.

Amanhã, espeto hoje e amanhã
E acredito que será
Mais um prazer

E a foda é sempre uma curiosidade
Que me aumenta com a idade
Interessa-me em quem me vou vir
A foda em mim é sempre uma certeza
Que nasce da minha riqueza
Do meu prazer em te cobrir

Levantar, encabar, vais ganir ao repetir

Vou foder,
Até quando, eu não sei
Que me importa o que pinei
Quero é foder
De manhã, se preferes de manhã
Acredito que será pra mais gemer

A foda é sempre uma curiosidade
Que me aumenta com idade
Interessa-me por-te a ganir
A foda, em mim é sempre uma certeza
Que nasce da minha estranheza
Do teu prazer em engolir

Ajoelhar, abrochar vou sorrir ao estar a vir

Vou foder
Com quantas isso não sei
Que me importa o que chulei
Quero é foder,
Amanhã, espero sempre uma amanhã
E acredito que será mais um prazer


Bonito...

Viriato - apontamentos históricos

Embora, historicamente, seja muito obscura a origem de Viriato, apontando-se para os Montes Hermínios, actualmente demoninados Serra da Estrela -e feudo inquestionável de Hermínio Pastor, herdeiro por direito até de nome, e, como tal, o Viriato do dias de hoje-, estando Viseu geograficamente distante de tal imponente e bela protuberância granítica, dizem os naturais da nova terrinha de acolhimento que o dito guerreiro é pertença deles e têm como costume nomear qualquer café ou latrina em homenagem - duvidosa e nada original, admita-se - ao dito personagem.

Pese não ter certezas absolutas, creio serem mais fiáveis os escritos da época ou peri-temporais que os dizeres actuais em que é moda forçosa ter algum cognome chamativo -e por vezes tão pretensioso- para o diabo das povoações ("Cidade de Viriato", "Cidade do Conhecimento", "Capital da Chanfana"... Ora foda-se, qual a necessidade de desembelezar os nomes?).
Não obstante, a minha teoria é que, omnipresente chefe, Viriato passou, de facto, muito tempo em Viseu e deixou, cobridor que era, a sua marca genética, não retirando razão total ao propalado por cá. Se não, vejamos:

-4/5 das mulheres de Viseu têm barbucha do pito até aos dentes, sinal inegável de que todas elas descendem do dito herói, infirmando em parte a teoria Darwiniana pois a selecção natural pretere as que seriam dignas do género em prol de verdadeiros camafeus mais feiosas e homens que eu próprio - para não aludir adicionalmente à densidade pilosa, bem superior à de quem teve a barba semeada num dia de vendaval, e comprimento da mesma, fazendo lembrar as rastas daqueles piolhosos pseudo-intelectuais que se pavoneiam pelas ruas das metrópoles munidos de livros subaxilares e canídeos igualmente sujos pela trela adquirida no comércio justo -, quando as pressões ambientais não são já beligerantíssimas e não é necessário que assustem os inimigos que não há;

- botando abaixo, parcial e novamente, Darwin e corroborando as teorias NeoLamarkistas, o sibilar diacónico das gentes provém, e esta ideia ninguém ma tira, de um par de pedradas que Viriato mamou, primeiro nos dentes e depois no palato, causando um abaulamento deste último e uma formação fenestrada, impossibilitando uma articulação normalizada de quase todos os fonemas e, consequentemente a este language-impairment, a um descuido e desmazelo linguístico crescente, culminando em desairos gramaticais dignos de rivalizar com qualquer canal televisivo privado, fenótipo que proteicamente se codificou genomicamente e que se transmitiu de geração em geração, massificando-se um pouco somente, que, como havia dito já, Viriato é o pai genealógico da maioria absoluta da região;

- unhacas que, a concorrer, jamais seriam obliviadas dos records de comprimento e fungicidade do Guiness, tão comuns que são, fazem-me crer que são herança também do senhor em epígrafe, que as tinha que ter bem fortes para cortar o coiro às cabritas de forma a fazer fisgas e fundas e para "ceifar" giestas aquando do final das belas cagadas no mato com que, por certo -já o ouvi ao grande historiador salazariano Hermano-, fecundava de húmus e amor as terras de cultivo, tornando-as ricas e produtivas. E também mais castanhas.

Assim, e avaliando pelo sucintamente descrito, atrevo-me a alvitrar que Viriato foi, de facto, assassinado com exímia e nenhosa perícia mas não por guerreiros próximos dele, subornados pelos intermediários de Roma: uma de suas rameiras -vulgo, mulheres- com o cio e ciosa de todas as súbditas viriatizadas, decidiu, certa noite, saltar-lhe para a garupa de hipertrófico clitóris em riste e perfurou-lhe o lombo borbulhento, seccionando-lhe a medula e impossibilitando-o de fazer a única coisa que mais prazer que apedrejar romanos e insultá-los com aquele sotaque tão típico lhe dava - dar ao cajado ou badalo. E assim, despojado de sentido na vida, morreu quase imediatamente.

Eternizou-se, manifestamente, o seu legado e com ele convivo diariamente, tentando manter um olho no lombo e outro no cu, não vá alguma raivosa rameira falhar o alvo em direcção a sul, e um não-contágio palatino, dando graças, contudo e paralelamente, por uma tão estreita ligação com as origens de um hemi-Portugal.

Tantos por cá te honram

domingo, 4 de janeiro de 2009

Farmacopeia resumida


Anda o meu campo-magnético perturbado, o saltitante ponteiro de bússola sem Norte pelo assomar à esquina de uma nova vida, num novo local que, de momento, não quero conhecer, povoado de novas caras cujo nome não quero ter que decorar nem um sorriso lhes mostrar, qual íman poderoso e a que é impossível escapar; pelo pantanoso terreno que piso, tentando não enterrar mais que as solas dos calcantes que aspiram a cristiânicas sandálias para que possa dele sair, que me puxa, de forma diferente do magneto, com a carga do Mundo -do meu mundo- ao centro dos ombros empurrando também em direcção descendente; pela, e concisamente, falta de paz interior.
Hoje redescobri (ao fim de tantos meses), se não a cura, a minha analgesia, num reencontro com a sela carbónica, o carbono espumado e as molas de aço inoxidável anodizado: filtradas titanicamente as irregularidades dos caminhos, enfrentadas e evitadas ao salto as pancadas da vida, cansadas as magras -e em rarefacção muscular- pernas e estando ardentes e dolorosas as pleuras e alvéolos, a alma está menos pesada, a mente menos presa, o orbicular da boca menos espástico e... um sorriso esboça-se por debaixo dos pêlos ventais que contrastam com o pérola e vermelho-racing dos Rudy, espelhos do que, sabe-se lá, deveriam - e agora, tão rapidamente, já possivelmente, quase certo - ser as minhas cores neste ponto de viragem.
Que se danem os choques com a minha estreita zona de conforto; que se lixem as cotações de mercado abaixo dos 150 euros que vale uma puta de bordel ou, menos porcamente, e por exemplo, de um exame de condução, que não me quero sentir puta de rua; que se forniquem as indelicadezas para com a parte interior das muralhas; que se fodam as sensibilidades e vivam as faltas delas!

Inspirar profundamente, expirar lenta mas profusamente...
E toca a lavar a bicla!

"Baby, did you forget to take your meds?"

sábado, 3 de janeiro de 2009

Arrefinfadelas

Seria, quid sapit, de presumir um início de ano com uma entrada em concordância, descrevendo a glaciar passagem de ano, com pendentes invertidos de gelo brotando quais estalagmites da ponte pedonal a mirar com duas gotas de água em estado menos sólido o ignóbil desperdício de dinheiro em pólvora; de imaginar que teceria considerações sobre a mudança no rumo da Vida e do País com o virar de calendário, que partilharia também os desejos que não fiz aquando das passas que não comi porque estava demasiadamente concentrado em, frustrantemente, procurar um pouco de calor desentorpecedor do miocárdio, desejos esses que ocuparam um relampejar do meu tempo de comunhão com a merda da primeira cagadela -e que opulenta foi! Cagar é das melhores obrigações.- do ano, para instantaneamente se misturarem com ela na idiotice que é desejar em vez de objectivos traçar e sublinhar - e esses bem cravados estão, se por vezes não muito claramente na mente, em papel que pretendo bíblia.

Não, não falarei disso; há assuntos bem menos explorados, bem mais importantes e menos assentes em improbabilidades.
Falarei de algo que me me atormenta pessoalmente - e que creio que o faz a metade da comunidade masculina que não se alheia do facto de haver sempre alguém a observar -, de forma recorrente e em particular durante longas permanências em enfermarias ou Serviços de Urgência: parece que o sistema cavernoesponjoso se lembra de hiperfuncionar sem motivo para que o faça (se bem que dá um explosivo gozo sentirmo-nos com 15 anos de novo, de chaimite cheio por nada ou tão só porque assim acordou motivado logo pela manhã) quando deveria estar tranquilo e vegetante, quando se torna somente incómodo e, indecorosamente, pede ainda auxílio à glande, que, ária como o caminho de Moisés após afincar com o cajado, barra a regressão prepucial à ponta do pichoto, ficando, ela própria, no roça-roça com a lycra, causando um arrepio de desconforto adicional.

Levanta-se, então, um problema bem maior que ter que se apertar a bata para disfarce do pacote volumoso que torna as calças dismórficas, que também de si é uma horrenda quebra na comodidade e, pior, no estilo não-médico pomposo e pretensioso: como ajeitar o malho e recobrir a cachola mono-ocular sem ninguém dar por isso e de forma a cessar o sofrimento d'alma?
Sacar do dito, cuspir-lhe para que adormeça ou acorde na totalidade, fora de questão, até porque seria algo verdadeiramente sebento e pornalhesco, coisa de que ninguém gosta; arrefinfar o prepúcio por cima das calças, descaradamente, é um bilhete de ida para a fama de mexerico do caralho que arruína qualquer relação de respeito e veneração rabichosa que as porcas presentes tenham para contigo próprio, se bem que seja, de longe, o mais prático e eficiente até nova entesadela; correr para a casa-de-banho ou, e aqui reside a arte, trabalhar o bacamarte através dos bolsos da bata ou, mais arriscado, das calças, de forma a que o prepúcio fique preso na lycra e a pila em bloco venha em direcção à sua raíz, coisa que não acontecerá se já houver esmegma mas, e redundância é, se o houver, não há sensação de fricção e a mortadela anda basal em termos sensitivos. Escuso de explicar como se processa tal truque, que o essencial é a prática intensiva, até porque, mesmo após as horas de voo necessárias ao brevet, há sempre falhas nas manobras do Boeing e recurso à verdadeira arrefinfadela.

Grande é o Homem quando, a par de uma boa arrefinfadela de colhões, performa uma intrépida arrefinfadela de prepúcio, pois está em paz consigo e a cagar para as paneleirices das regras de etiqueta que tão contranatura são. Ainda preciso crescer...

Coçá-los, por outro lado, é integralmente abjecto