domingo, 28 de setembro de 2008

Culto & Revival #2

Já nada é como antigamente: os fins-de-semana passam a correr, as semanas bem devagar e sem o antigo fulgor ao acordar, obrigando a 3 metros entre as patas e a sanita; problemas musculo-tendinosos marcam bem presença e não permitem esgalhadelas fantasma ou à canhota; pedalar já nem sei o que seja e, como tal, procuro avidamente novo entretém que me mantenha emocionalmente estável. Pior que isso tudo junto é a teimosia dos senhores que planeiam a programação da RTP1 em não fazerem renascer o Made in Portugal e em manterem no ar o TOP+, a que assisti e me deixou quase tão nostálgico quanto com dificuldades em não introduzir pretoguês no meu discurso.
Já nada é como antigamente: falta o glamour, o estilo, a vivacidade, a qualidade e cunho cultural do início dos anos '90 a esta primeira década do século decorrente.



O subsídio de Natal está já purpuricamente destinado. "Ai!, saudade..."

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

O mito e a realidade #2 - Campanha Brigadélica contra a SIDA

Não só contra os famosos vírus, essas partículas tão misteriosas quanto auto e heterodestrutivas, estilo Jihad, mas também as DST em geral, que não é de todo prazeroso verter pasta amarelada e viscosa da minhoquinha de estimação ou embalar umas massas gigantescas inguinais, como se mais uns pares de colhões nos tivessem nascido sem que, contudo, a pujança e dinamismo sexual acompanhassem concordantemente tal crescimento.
Desta feita, e como prima esta fossa de conhecimentos e cultura variada pela promoção vigorosa da saúde a nível pessoal e público - e porque as gajas deste País começam a gramar com ele desde os 10 anos de idade e sem o cuidado que se impõe face à quantidade e qualidade de informação disponível, e com a qual somos constante, feliz e, pelos vistos, infrutiferamente bombardeados, ou de consciência sexual e de auto-preservação toldados pelo álcool e/ou parampos - deixo ao Mundo uma inovadora técnica, com anos de investigação e aplicação prática já em meio restrito, para evitar as maleitas descritas e também a tentativa inadvertida de perpetuação da espécie: colocar um saco do pinanço recobrindo o falo e besuntar a parte externa com piri-piri de boa qualidade, preferencialmente "sumo" de malagueta com grainhas - há casos descritos em que se fez uso de pedacinhos de chili adicionalmente -, justapondo nova camada de latéx. Haverá quem vos diga que a fricção interpreservativo promoverá a ruptura precoce mas é sinal de pura ignorância fodal: o piri-piri lubrifica e, na ténue eventualidade de estoiro, a flamejante mistela mata toda a bicharada num ápice, bem como as células da mucosa da partchaneta estruncada, o que motivará um queixume veemente em decibéis humanamente incomportáveis e uma contracção vaginoperíneoabdominal brutal, promovendo uma ejaculação-relâmpago antes da forçada retirada do espadachim do amor. Se, porventura, rebentar o saco interno, o melhor antídoto para o ardume é saliva feminina quase deglutida, isto é, junto aos pilares amigdalinos, donde se aconselha uma inspecção prévia cuidada à mucosa bucoglossogengival e o uso de uma gag-ball modificada, de maior raio e perfurada no centro, prevenindo-se assim contágio sanguíneo e desagradável encerrar violento da mandíbula sobre o maxilar após o reflexo do vómito causado.
Um dos co-autores da teoria propõe o uso de aguarrás, não estando tal substância aprovada pela Brigada Nacional de Segurança Esburacofarmacológica, porquanto é necessário bacamarte de casca grossa para suportar tão corrosiva acção, podendo mesmo ter efeito castrador em pilinhas de canixe.

Aguardam-se os vossos relatos.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Frase da semana #3

Façamos o enquadramento do dito episódio: saída de mais um dia deprimente às tantas da tarde com almoço fugaz e precário nas paredes arteriais, saudavelmente forradinhas e reforradinhas por algo parecido com argamassa liponutritiva, vezes e vezes sem conta ultimamente, quando surge da bruma, do smog tipicamente moribundo de uma enfermaria de M.I., a ex.ma orientadora do internato e chefe daquela merda, e se lembra de proferir tão desejadas palavras como "Oh puto, oh IAC, queres ficar cá a aprender qualquer coisa sobre AVC (, seu burro)"?

"Não, tenho de ir reorganizar a gaveta das meias!"

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Sinto-me lisonjeado

Ultrapassada a pequena barreira das 2000 visitas!
Wawaweeeewa, já posso morrer em paz! Ou pelo menos dormir. Vá, arrear o pastel.

O rácio de comentários/visitas, esse, é gigantesco: à volta de um punhado por cada milhar. You're a rough crowd, aren't you?

Já dizia o outro: "também tenho pêlos no cú e cago p'ra eles"...

terça-feira, 9 de setembro de 2008

A um segundo de um par de vómitos

Ausência tão prolongada não significa postergação deste rebento merdo-literário, somente uma atitude defensiva dos propósitos da génesis deste antro de javardice -faltam ainda as pias, a palha-estrume no fundo de ecrã e as nutritivas beterrabas-, sem exposição de emoções sérias, indissociavelmente tumultuosas, sem redemoinhos negros e, paradoxalmente, geradores de explosiva alegria (e, como qualquer explosão, fugaz mas deixando, contudo, lambras), "defesa" essa aliada ao engordar da falta de tempo e típica inércia que me consome.

Não é destinada tal reaparição a demonstrar o nojo quase indescritível, a náusea que antecede o vómito como se uma bolada nos tomates houvera levado (ou fruto de uma daquelas brincadeiras adultas que na semana passada resolvi exumar: "Sabes como se chama um táxi em França...?..."), que a visita do estimado e muy nobre PM à magnânime obra, pioneira neste campo de aproveitamento económico e, creio, impulsionador de outros vários salafrários de gravatinha e fato Armani, que se resume a uma farmácia privada em espaço hospitalar, estrategicamente adjacente a consultas externas e urgências, com uma qualquer percentagem a reverter para a já positividade marcada das contas do negócio-saúde local pintado de amarelo-forte, causou na generalidade das mentes não dadas ao culto dos compadrios e benifícios simbióticos dos grand€s, bem como de odes ao capitalismo. Não teriam, por certo, algo realmente digno da mostra da caravana de A6 e A8s que não aquilo.

Desejo presentear-vos com algo que aconteceu um par de dias depois e também com extensos direitos televisivos: apresentação oficial de uma rodela musical de um tal (um tal ser, leia-se, que ninguém conseguiu ainda fazer-lhe um cariótipo e tirar dúvidas) de Castelo-Branco, conhecido também como White (em português: meita) House (, banco de).
Admito que me deixou boquiaberto com tal histerionismo e perturbação de identidade/personalidade, com tal trichice; aparvalhado fiquei também com tamanha quantidade de escravos do ridículo e das câmaras presentes que, tal como almejavam tão profundamente, ficaram imortalizados num qualquer telejornal decrépito e na porção-lixo da memória de quem teve a infelicidade de ter a TV ligada ao almoço e o comando longe...