quarta-feira, 25 de junho de 2008

Way to happiness


Caríssimos,

Ando, há uns anos já, com uma ideia que não concretizei ainda por vários motivos, entre os quais a falta de tomates para tal.
Uma espécie de delírio ciclístico que este ano, com ou sem companhia, pretendo tornar real: atravessar Portugal desde o Atlântico até à fronteira com Espanha.
Assim, e sensivelmente a meio do País, pretendo iniciar na marginal da Figueira da Foz e, espero eu, terminar em Vilar Formoso, porque quando se fala de antigos postos fronteiriços é inevitável que salte esse à ideia.

Aberta a participação a todo o tipo de bicicletas, sejam elas as ditas de estrada, singlespeeds, MTB com slicks ou o mais cardado pneu, FR, pasteleiras ou DH com pneus de tractor- fica ao critério de cada aventureiro.
O percurso cifrar-se-á entre 245 a 250 quilómetros, feito em autonomia total (pelo que se aconselha carro de apoio), que tentarei sumarizar de seguida:

- Da Figueira da Foz até Coimbra, passando por Maiorca, Montemor-o-Velho, Tentúgal e Geria, o gráfico altimétrico é favorável a um bom aquecimento e médias altas, sendo maioritariamente plano, com topos curtos e sem inclinações de relevo. Highlights, pela negativa, para quem optar pelas estradeiras: o empedrado a seguir a Maiorca, com 3 secções com menos de 1,5km na totalidade; nada que não se faça, contudo.

- Coimbra - Vila Nova de Poiares: atravessando a cidade à orla do Mondego, aproveitando depois a nova circular do Polo II, depressa e sem grande trânsito se chega ao outro lado da cidade, à Ponte da Portela. Daí até Poiares há 3 amostras de subidas, passando quase despercebidas (a subida até Poiares é a mais longa mas sem inclinação que imponha respeito). Highlights: boas zonas para rolar rápido, bom piso.

- Vila Nova de Poiares - Oliveira do Hospital: Descida de 3 quilómetros e tal que dará para repor energias, seguida da primeira subida do dia, de dificuldade reduzida, com um pouco mais de quilometragem que a descida. Tudo em bom piso. Até Oliveira não há nada a salientar, com alguns topos apenas.

- Oliveira do Hospital - Celorico da Beira: Passando nos limites de Gouveia e Seia, apanham-se vários topos que tornam essa porção do trajecto algo dolorosa. Não há verdadeiras rampas mas, e dados os quilómetros já nas pernas, moerão de certeza.

- Celorico da Beira - Guarda: Óptima circular externa de Celorico para se roçarem records de velocidade se o vento o permitir ou para se descansarem os músculos para a subida pouco acentuada mas com 17 kms que fará a sua aparição depois de Porto da Carne, terminando na cidade mais alta do País. Óptima paisagem... para quem conseguir tirar a língua da roda da frente. Curiosamente, no ano passado, na tirada Coimbra - (depois da) Guarda que fiz com o meu Pai, foi onde melhor me senti após meses sem treinar.

- Guarda - Vilar Formoso: Subindo (e descendo) em direcção ao Modelo, evita-se piso menos bom e confusão em termos de trânsito. Contudo, não se evitará o temível paralelo da estação - concorrente a pior do País-, bom para quem optar pelas DH ou para quem precisar de uma massagem aos braços. Vá lá que é por pouco tempo. Daí em diante é estrada com sobe-e-desce, com predomínio de descida, verdade seja dita, passando por uma antiga vila histórica (Devesa, que D. Pedro decidiu arrasar já que de lá eram os assassinos de Inês de Castro) e as aldeias que em torno dela cresceram. Subida de 3,5 kms para o Alto de Leomil, pouco inclinada; descida para o Rio Côa seguida de subida de 7 kms, após a qual se avista Vilar Formoso e a tão aguardada meta.


O fatídico dia será a 26 de Julho (um sábado para não haver desculpa de não se recuperar antes do dia de trabalho) e a concentração às 7:40 junto à torre de relógio junto à praia da Figueira. Partida às 8:00.

E cresça o molho!!

(morto após a tirada... mas sorridente das endorfinas!)

sábado, 21 de junho de 2008

O café da minha aldeia é "fashion"

Demorei quase 26 anos a perceber isso mesmo. Parece mentira mas é a mais pura das verdades.

Sempre (houve momentos já, confesso, em que a ideia comportada pelo título me acossou, de forma subreptícia, a mente, também no mesmo local e pelos mesmos motivos, se bem que, e logicamente, menos gritantes. Já lá iremos) percepcionei o dito café da aldeia como um local de ajuntamento de gente tipicamente beirã: de modos abrutalhados, línguas mordazes e carregadas de saudações e tratos que orbitam em torno do salutar "filha da puta!", lábios e fígados sequiosos do bom catalino e sandes de cevada líquida, cifrando-se o consumo médio diário nuns respeitáveis, e arredondando por defeito, 5 litros per capita, discussões profundas acerca do Benfica e das casas de putas na raia, indumentárias impregnadas da árdua lavoura, botas polvilhadas de estrume, boina queimada do sol.
Diriam os meninos da cidade, daqueles com longos cabelos lustrosos e um qualquer cabriolet da moda paitrocinado pela conclusão do secundário, "ambiente de ruras" (claro que, e de uma forma imparcial sai a frase seguinte, deviam levar com umas enxadas no lombo para verem o que custa a vida e serem levados ao boi...). Não é, nunca o achei, até porque não sei que merda significa essa triste e pretensiosa expressão -nem mesmo quando é época dos "ah bon ah oui ah pfff!"-. Gente, na sua maioria, genuína, com defeitos inculcados pela cultura retrógrada e algo tacanha do Portugal esquecido, que acabam por se tornar em "feitio" generalizado.

Redondamente enganado andei até ontem, com as tais ameaças de clarividência suprarreferidas pelo meio: o café da minha aldeia é café de gente "posh"! (nunca vi por lá, facto é, a titular mais famosa de tal epíteto, mas, coitada, também não traria de lá a patareca orientada que a malta gosta é delas rechonchudas, não facilmente quebráveis - nada de fémures em forma de coxa e palitos fingindo que são pernas - e com pêlo na venta)
Tal conclusão fez a sua aparição, tal e qual vossa Sra. de Fátima mas sem a dita oliveira, que as não há por Leiria, depois de um repasto aquecido no microondas, tendo surgido a necessidade de uns mililitros de cafeína diluída, daqueles que se cifram lá bem em cima na tabela de rácio volume/preço, no estaminé mais próximo de casa, que se dá pelo pomposo nome de "Varandas do Sol". Não havia percebido muito bem o porquê de tal nome, que varandas não tem uma única e o sol não bate por lá, mas ontem -e que dia de revelações foi!- visionei e cheirei a explicação, que se entrecruza com a anterior: três mesas no exterior, pejadas de espécies e subespécies organizadas por grupos de peixes das profundezas hiperbáricas e nuli-iluminadas, daqueles feios como um burro e cujo estagnar no processo evolutivo é mais velho que a Sé da Guarda, que tinham vindo à superfície justamente apanhar Sol.
Decidido ficou, instantaneamente, ocupar uma das mesas interiores, na ânsia de vislumbrar algo com algumas parecenças humanóides. Qual quê!: no interior, a mostra de fauna subaquática prosseguia, com seres de escamas superiores que faziam lembrar um colete salva-vidas aberto até ao umbigo e com barbatanas caudais de cores berrantes mas encardidas, de escalpe seboso e donde brotava a mais farta, desengrenhada e piolhosa trunfa de que há memória; outros com camisas havaianas azuis que fariam corar de inveja Sonny Crockett e Rico Tubbs (o Testarossa havia sido trocado por um cortador de relva de 20 e tal barulhentos cavalos envolto em plástico de má qualidade e com dois pares de rodas mas que, em termos de parachoques, saias e ailerons futuristas -do espaço! Que bem se conjuga a vida subaquática com a extraterrestre!- e cachecóis e emblemas de Portugal e selecção de futebol , deixavam o dito Ferrari a anos-luz) combinadas com calças de bombazine de pregas bem vincadas e meiinha branca "sport"; ainda outros com mangas-cavas brancas riscadas das cores do mais emproado arco-íris e manchadas com o incontornável molhinho da bifana, fumando tão avidamente que, por certo, a concavidade malar que se notava era já constante; outros com bigodão à Chalana ou Tony, aspecto nacarado de se sentarem ociosamente ao (pouco) sol do submundo de onde sairam, e a omnipresente camisola do Benfas (agora aldrabei, mas tenho clara noção de as ter visto por lá).
Enfim, não há vocabulário que pinte tal retrato. Contudo, deixem que vos diga: Leiria merece ser visitada por tamanha concentração de labregos parolóides com aspecto marginal!

A verdadeira aparição ocorre mais a Norte, aos fins-de-semana. Peregrinemos, irmãos, com umas grades de cerveja e umas doses de cavalo em honra a tais personagens!

Eles andem aí aos magotes, são três, em grupos de cinco e já poisarem aos pares...

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Já não me recordava...



... de ver, na íntegra, um jogo de bola.
E dou-me por satisfeito, não por me sentir estupidificado ou ter passado uma hora e tal da minha vida alapado em frente à TV a comer pistácios, alcagoitas e merdinhas que sabiam a pizzas embalsamadas, acompanhando os ditos salutares pedaços de ateroma e neo do cólon em potência com umas valentes bejecas dinamarquesas, mas porque, e ai de mim se Portas ou os gajos do PNR lêem isto, acabou a doideira do Europeu. A TVI pode vender os direitos de transmissão: já mais ninguém vê jogo algum. Valhem-lhes os MERANGUES para manter as audiências.

Não vou apitar para a rua porque, ponto um, estou bêbedo demais -em jeito de comemoração não planeada-; ponto dois, me fodiam o carro e as beiças; ponto três, porque o meu excelentíssimo colega de casa me deve um broche por ter feito o frete de o acompanhar no visionamento do jogo.
...
...
(isso, mama aí, cão sarnento!)
...
...
(AAAAAAAHHHHH...! Beifica!)


E vou curti-la para a cama, já mais leve meio litro e bem convicto de que a selecção artificial hitleriana deu os seus frutos mais de meio século após, pondo um ponto final na febre deste povo mediterrânico.
(Embora tenha de reconhecer que o cabrão tinha uns fetishes bem fundamentados: os arianos são lindos. Só falta o sol nesta cabeça com amostra de cabelo)

Batei-me.

Profilaxias

Ah!, muitos dos dois visitantes e meio da página ficariam infame e imensamente contentes se escrevesse que fui sodomizado por um enorme e espadaúdo negro, possante como um toiro acabado de marcar, referenciado pela WHO como um dos mais prolixos dispersores de DSTs, nomeadamente gógó em forma de leite grumoso e de coloração a tender para o acastanhado já, e que teria de apanhar, a par de umas dezenas de pontos intradérmicos no e à volta do esfíncter, que por esta altura já teria perdido a capacidade de coaptar, umas poucas injecções espessas q.b. no nalguedo de forma a ficar manco mas sem mijar pús. Lamento desapontar-vos, não se trata disso, que tenho conseguido correr e esconder-me nos arbustos das diversas vezes que tenho feito umas sessões de apanha de caracóis no mato basto -e que provavelmente arderá todo quando começar o calor a sério- que ladeia a N1 e o Pinhal do Rei Lavrador, já que o pires do dito "macaco nasal" encarapaçado vale mais que uma hora de trabalho como IAC e há que ganhar a vida...

Pois bem, bombardeado com histórias horripilantes de semanas a fio com copiosas escorrências nasais de aspecto e cheiro de campos de papiro do delta do Nilo - com dispneia marcada e botando das mais profundas entranhas alveolares gosma tipo cola de sapateiro - e/ou diluição humana em merda líquida e/ou exantemas pruriginosos de fazer saltar a pele dos tomates após contacto com os gabinetes de urgência Pediátrica, decidi, eu próprio, fazer uma vacinação heróica, estilo Van Damme, com exposição gastrointestinal a um sem-número de antigénios e toxinas bacterianas, eventualmente microcomunidades de fungos.
Para tal campanha pessoal de promoção de saúde e bem-estar, fiz uso das culturas que armazenava há um trio de semanas, sem etiquetas que me indicassem a idade cronológica das ditas -se tinham acabado de vir de casa da mamã, perfeitas para consumo, ou se já duravam há mais de 15 dias-, no frigorífico. Observar o conteúdo de alguns tupperwares, já embebido num molho de aspecto nauseante, demasiado líquido para um simples arroz de ervilhas ou macarrão simples, era um exercício de apneia e tonificação do esfíncter esofágico inferior; consumi-lo, já quente no microondas e com odor idêntico fossem migas de peixe ou cabrito assado, bem, um acto de coragem, de guerreiro temerário ou, dependente da perspectiva, de extremo preguiçoso sem disposição para cozinhar, preferindo arriscar a integridade da mucosa intestinal.
Por diversas vezes pensei: "Foda-se, vou morrer de botulismo ou simplesmente esvaído em merdaleja, tipo um drogado nojento escondido num edifício em construção com o braço garrotado e seringa sidosa enfiada no osso!", mas inspirava um garrafão de ar, fechava os olhos e Gulp!, bota a baixo a primeira garfada! Depois disso o Mundo perdia os contornos, o tempo parava e só me ecoava na mente "Acaba esta merda rápido sem respirar! Proteína é proteína, HC é HC, não interessa a proveniência ou há quanto tempo está cozinhado! E tens que te alimentar!"
Verdade é que não me borrei em demasia, apesar do aumentado peristaltismo verificado posteriormente, fosse por causas orgânicas ou somente um sinal psicogénico, e que, até ao momento -e já lá vão duas semanas de urgências!-, nenhum bicho cabrão pedófilo se meteu comigo.

Edward Jenner, revolva-se na tumba de inveja!!

terça-feira, 10 de junho de 2008

"A Nossa Selecção"

A nossa selecção de quê, caralho?! De produtos hortícolas, carapau, vinhos ou preservativos?

Ah!, de futebol, esse pão largado do céu para os pobres, quais Jogos na antiga Roma, que faziam esquecer, durante mês e tal, as agruras da vida e miserável dia-a-dia com tendência a piorar; pobres de mente, especialmente, de neurónios ressequidos, alma árida e ouvidos prontos a serem fecundados, de atenções, já de si parcas, desviadas de assuntos realmente importantes, de intervenções, revoltas e revoluções, que as devia haver! Mass control policy, sr. Fócraste, aproveite para javardar de mão-cheia!

Sim senhor, (extrema falta de) cultura ao nível do vulgar português - burro como uma chanca e que gosta de ouvir falar de inutilidades abjectas como o que comeram as bestas-de-pala que gastam mais num dia do que a maioria ganha numa vida de árduo trabalho ou subsídios de desemprego para, no sofá, assassinarem o prurido escrotal- passando constantemente nos "n" canais de TV e Rádio. É o que dá audiências, alimentar a "energumenice" e tacanhez; e, se as alimárias são tantas e tamanhas consumidoras da ração que faz engordar televisões, clubes e federações, por que não espaçar as telenovelas, outro "docinho" envenenado, e criar uma imensidão de programas despojados de conteúdo, spots publicitários, campanhas e merchandising?
O português compra, o português consome, o português anui e ainda contribui para os gastos exorbitantes de dinheiro, público também, com este desportozeco -indo parte dele forrar os bolsos sem fundo de meia-dúzia-, o português abre o cuzinho de boa vontade desde que se trate de algo sob o nome desta religião, deste delírio futebolístico que os entrete e hipnotiza.

Isso!, apitai lá fora a cada golo, esbanjai os caros combustíveis que, em todas as outras épocas, vos fazem tanto burburinho na ervilha corneana, dai azo à estupidez e febre, apagai-a com litros de cerveja. A minha selecção sois vós: selecção de retardados mentais! Selecção de carneirinhos!

Muito boa sorte para a selecção nacional de futebol de 11: espero que, já amanhã, apanheis uma coça daquelas. Primeiro prego no caixão que há-de selar esta puta de estupidez massificada.

sexta-feira, 6 de junho de 2008




Sono, sono... Preciso de dormir...
Pareço um morto-vivo sem sentido algum de auto-preservação (coisa que um morto-vivo deveria ter aprendido a alimentar tipo ganso de foie-gras, porquanto pode não ter novamente a sorte de um guião merdoso qualquer o levantar do túmulo), vidrado no PC, qual serpente encantada pelo monhé cornetista, nas punhetas, feito catraio de 13 anos que descobriu que o malho empina, nos trabalhos de que, violentamente, me incumbem ou, somente, na parede.

"Sinto a cabeça a cair"

Uma palavra de apoio

Não, meus acéfalos de estimação (falo para os amigos imaginários que lêem -ou sabem sequer da existência de tal recanto recôndito da web- estas baboseiras pegadas), não é algo relacionado com a histeria que aí está para rebentar. É para quem, semanalmente ou mesmo diariamente, lida com abjectas bocas do corpo em avançado estadio de decomposição, tentando resgatar as ditas e as donas de um trágico -por vezes só para elas, que a Terra sorriria lá bem desde o fundo, sorriso esse que não seria compartilhado pelas larvas decompositoras que, apesar de alarves e pouco esquisitas, têm o seu limite de tolerância- fim.

Certamente que não é trabalho fácil mas alguém tem de o fazer, ainda que para tal, e isto no caso masculino, se despoje na totalidade do que vai restando da libido, tornando-se companheiro inseparável do tenebroso Melty-Man, ponderando até juntar-se aos do lado negro (aquele onde o sol não brilha mas que alguns querem que lhos deixem incandescentes, não obstante) ou, simplesmente, arranjar uma empresa de fumigação, talvez a melhor opção; da parte feminina, que melhor reforço a idolatrar as sardas que por aí andam?

Há, por outro lado, as que fazem sonhar: quem nunca se viu perdido em pensamentos sobre trabalhar em poços de petróleo ou minas de enxofre? Para além de imitações autênticas de furos de "ouro negro" em termos de profundidade, a coloração, motivada pela falta de sabão, é semelhante ao acastanhado-negro do precioso líquido e o cheiro, bem, tão agradável quanto aquele que dizem que o Diabo deixa à sua passagem (nos tempos que correm já não estou bem certo se a tradição se mantém e a dita personagem continua a mexer nos caldeirões de enxofre ou se será já um metrossexual banhado em Chanel, sucumbindo, ele próprio, às modas da sociedade). Ou as que nos fazem "cair" num programa do género do famoso BBC Vida Selvagem, episódio "Na trilha do urso pardo", ou nos relembram do lendário jornal "Notícias do Mundo", numa das suas reportagens -cof cof!- sobre a amizade do Abominável Homem das Neves e os maiores industriais de casacos de lã...

Que vontade de enfiar lá o espéculo e libertar os odores -questiono-me se não minúsculos morcegos também!- cavernosos, ansiosos e prestes a envolver-nos e corroer cabelos, pele e mucosas; ainda mais de introduzir um dedo, recoberto somente pela (na altura aparenta ser tão fina) camadinha de latéx em forma de luva... Foda-se lá Planeamento Familiar!


Devia haver luvas amarelas da Vileda nos Centros-de-Saúde... Ou câmaras-de-ar de camiões com dedos!

quinta-feira, 5 de junho de 2008

The End is the Beginning is the End

Aproveito o título da música desta grande e falecida banda (nunca acreditei em ressurreições, nem sequer de gajos com alta e imponente barbucha, quanto mais de grupos de "reciclas" cujos cérebros, de tanto excitante ou depressor em pó ou diluído que abraçaram, estão tipo um coador) como título do primeiro "post" nesta modernice e moda a que chamam "blogs". Toda a gente tem um e eu... bem, eu fui quase forçado a criá-lo para poder comentar uma dissertação de carácter muito duvidoso de uma amiga, que as palavras-passe antigas são isso mesmo, antigas, e as sinapses são manifestamente reduzidas para fazer algo mais que dormitar, imagine-se agora memorizar insignificâncias desse calibre.

De qualquer dos modos, o título espelhará bem, quiçá, a importância que darei a isto, podendo ser o primeiro também o último ou vice-versa, consoante sejam ou não fãs do dialecto de Yoda, esse grande prof. de Histolog... err, esse grande personagem dos Jédáii, panascas reprimidos sempre agarrados -e com força!, sempre com força!- a chouriços brilhantes e bastante estraçalhadores de abdómens e tóraxs, quanto mais de nalgas...

Vendo bem, é um título que tem toda a lógica, aplicável a inúmeras situações do dia-a-dia. Por exemplo, quem não terá já pensado, terminada uma sessão de masturbação -que se querem curtas nos dias que correm, pois reposição calórica pós-esforços marcados fica cada vez mais dispendiosa-, que o explosivo ou efusivo final seria o início de um ritual de limpeza, baseando-se esse tal comportamento estereotipado em lavagem ou somente em friccionar o dito material na parte interior do futuramente pegajoso cuecame, e, consequentemente, o final do divertimento? Carago, foi profundo...