sexta-feira, 6 de junho de 2008

Uma palavra de apoio

Não, meus acéfalos de estimação (falo para os amigos imaginários que lêem -ou sabem sequer da existência de tal recanto recôndito da web- estas baboseiras pegadas), não é algo relacionado com a histeria que aí está para rebentar. É para quem, semanalmente ou mesmo diariamente, lida com abjectas bocas do corpo em avançado estadio de decomposição, tentando resgatar as ditas e as donas de um trágico -por vezes só para elas, que a Terra sorriria lá bem desde o fundo, sorriso esse que não seria compartilhado pelas larvas decompositoras que, apesar de alarves e pouco esquisitas, têm o seu limite de tolerância- fim.

Certamente que não é trabalho fácil mas alguém tem de o fazer, ainda que para tal, e isto no caso masculino, se despoje na totalidade do que vai restando da libido, tornando-se companheiro inseparável do tenebroso Melty-Man, ponderando até juntar-se aos do lado negro (aquele onde o sol não brilha mas que alguns querem que lhos deixem incandescentes, não obstante) ou, simplesmente, arranjar uma empresa de fumigação, talvez a melhor opção; da parte feminina, que melhor reforço a idolatrar as sardas que por aí andam?

Há, por outro lado, as que fazem sonhar: quem nunca se viu perdido em pensamentos sobre trabalhar em poços de petróleo ou minas de enxofre? Para além de imitações autênticas de furos de "ouro negro" em termos de profundidade, a coloração, motivada pela falta de sabão, é semelhante ao acastanhado-negro do precioso líquido e o cheiro, bem, tão agradável quanto aquele que dizem que o Diabo deixa à sua passagem (nos tempos que correm já não estou bem certo se a tradição se mantém e a dita personagem continua a mexer nos caldeirões de enxofre ou se será já um metrossexual banhado em Chanel, sucumbindo, ele próprio, às modas da sociedade). Ou as que nos fazem "cair" num programa do género do famoso BBC Vida Selvagem, episódio "Na trilha do urso pardo", ou nos relembram do lendário jornal "Notícias do Mundo", numa das suas reportagens -cof cof!- sobre a amizade do Abominável Homem das Neves e os maiores industriais de casacos de lã...

Que vontade de enfiar lá o espéculo e libertar os odores -questiono-me se não minúsculos morcegos também!- cavernosos, ansiosos e prestes a envolver-nos e corroer cabelos, pele e mucosas; ainda mais de introduzir um dedo, recoberto somente pela (na altura aparenta ser tão fina) camadinha de latéx em forma de luva... Foda-se lá Planeamento Familiar!


Devia haver luvas amarelas da Vileda nos Centros-de-Saúde... Ou câmaras-de-ar de camiões com dedos!

2 comentários:

Unknown disse...

Reconheço que não é nada fácil.

Anónimo disse...

Queira por obessequio o senhor sotôr descrever agora como, emocionando-se desta forma com as boquinhas do corpo que se lhe apresentam, em que estado fica quando a utente é antes uma moçoila de vintes i, IMC em dentro dos valores standart e de monte venusiano sem vegetação?!
Ah, pois é, essas punhetadas nao contas tu...

Mel