quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Compreendendo a paneleirice, Parte 1

(Catacumbas, 5 de Agosto de 2008, 16:20)

Para ser sincero, directa e cruamente, nunca compreendi a fixação que muitos gajos têm por enchidos de carne viva alheios, morrendo de ansiedade por tentar deglutir os ditos ou enfiá-los rêgo acima; causa-me uma certa repulsa, até.
Já birifaifias, por outro lado, e como qualquer puto que se preze, era capaz de as mirar, incessantemente e umas atrás das outras, por horas a fio, comparando e apreciando sabiamente o aspecto global, corte de cabelo, arco venusiano, conformação labial, etc etc, e, valendo o material a pena, tocar uma valente segóvia, encharcando o umbigo e regando o bandulho. Muitas milenas de escudos gastei em navegação de internet por linha e muitas revistas e calendários pedi emprestados, usando, precavidamente, luvas de látex para manusear tais escadas para o clímax.

Claro que, a par do encantamento, vigorava também a plena noção de que ratas são orifícios bafientos, propensos à proliferação de fungos e demais bicharada, quais grutas húmidas, que tanta área quente e secretora com tamanho deficit de arejamento só pode originar viveiros-estufa, dispersores cacetais de maleitas diversas; uma atracção pelo Abismo, no fundo, pela raiz de todo o Mal.
De qualquer das formas, e racionalismos ao largo, pretendia continuar consumidor convicto de imagens e vídeos -somente, que é raro ser quinta-feira- mas, e como já deixei antever num dos testemunhos pregressos, começo a verter a velocidade-cruzeiro essa mesma vontade e encanto, temendo que, se não chegarem as férias bem depressinha ou se não se acentuarem as baldas, perca o enchimento cavernoso e esponjoso por patarecas (com os melhores cumprimentos deste novo "estágio").
Não que esteja a defender os que para dentro cagam, atenção, ou que pretenda alinhar nessas práticas maceradoras de próstata; não me é tão obscuro, contudo, o temor nauseante que alguns nutrem por tais invaginações pélvicas, farfalhudas, babonas, papilomadas, ornadas com réstias de papel higiénico bem colado, cuspindo fluídos pastosos - só lhes faltam olhos e dentes em movimentos mastigadores para que me persigam em pesadelos!

Diz o Povão que "tantas gretas vêem os ginecologistas que um dia se fartam". Permitam-me a modesta correcção: não será a quantidade já que, nestes tempos de world-wide-connections, seríamos todos abstémios de snaitas, mas sim a qualidade ou falta dela. Porque não são as consultas autênticos filmes triplo-xis em vez de uma concentração abjecta de desgraçados pedaços de bacon?

Eis-me aqui, com mais umas longas horas por diante, mantendo a tradição das urgências, afinal, escrevinhando burridades para que o voto ao desprezo e abandono, adjuvado por nada ter que/saber fazer, não se apodere da minha réstia de sanidade mental, entidade de si controversa, esmagando-a como papel, levando-me a fugir desvairadamente para o ninho de lençóis. Vão valendo adicionalmente as idas ao mijatório, permissivas ao inalar dispneico do suave perfume a colhão suado e glande ureica, lembrando os sais de cheirar dos halterofilistas, mantendo-me acordado e de pés bem assentes. Aguentarei estoicamente as quase duas mão-cheias de horas de pasmaceira decrépita que restam!

Sabeis o que vos digo? E viva Cu, senhoras e senhores!

2 comentários:

Anónimo disse...

Meus senhores, antes que inventem novas recolhas de fundos para os meninos do Quénia,orfãos da S.Jorge da Murrunhanha, deficientes da Madragoa ou a associação dos ceguinhos da Maia, ajudem a D.Maria dos Marrazes - 159kg de mulher distribuidos que a natureza distribuiu sabiamente por 1.60m de altura com 32anos..É que vai uma desgraça no meio daquelas pernas!GG

Catsone disse...

Risca essa da tua lista de especialidades!
Não te invejo, não senhor, e solidarizo-me contigo e lembro-me da Nelly Furtado "com uma força, com uma força"...
Quanto ao comentário acima, o comum dos mortais vêem os carros de grande cilindrada, as casas de três andares, etc, etc dos "xó'tores" mas esquecem dessas vicissitudes da profissão.
Todos os machos gostam da, carinhosamente, chamada "carne mijada", mas Há que avisar a ASAE que anda aí muita dessa carne fora da validade!