terça-feira, 9 de setembro de 2008

A um segundo de um par de vómitos

Ausência tão prolongada não significa postergação deste rebento merdo-literário, somente uma atitude defensiva dos propósitos da génesis deste antro de javardice -faltam ainda as pias, a palha-estrume no fundo de ecrã e as nutritivas beterrabas-, sem exposição de emoções sérias, indissociavelmente tumultuosas, sem redemoinhos negros e, paradoxalmente, geradores de explosiva alegria (e, como qualquer explosão, fugaz mas deixando, contudo, lambras), "defesa" essa aliada ao engordar da falta de tempo e típica inércia que me consome.

Não é destinada tal reaparição a demonstrar o nojo quase indescritível, a náusea que antecede o vómito como se uma bolada nos tomates houvera levado (ou fruto de uma daquelas brincadeiras adultas que na semana passada resolvi exumar: "Sabes como se chama um táxi em França...?..."), que a visita do estimado e muy nobre PM à magnânime obra, pioneira neste campo de aproveitamento económico e, creio, impulsionador de outros vários salafrários de gravatinha e fato Armani, que se resume a uma farmácia privada em espaço hospitalar, estrategicamente adjacente a consultas externas e urgências, com uma qualquer percentagem a reverter para a já positividade marcada das contas do negócio-saúde local pintado de amarelo-forte, causou na generalidade das mentes não dadas ao culto dos compadrios e benifícios simbióticos dos grand€s, bem como de odes ao capitalismo. Não teriam, por certo, algo realmente digno da mostra da caravana de A6 e A8s que não aquilo.

Desejo presentear-vos com algo que aconteceu um par de dias depois e também com extensos direitos televisivos: apresentação oficial de uma rodela musical de um tal (um tal ser, leia-se, que ninguém conseguiu ainda fazer-lhe um cariótipo e tirar dúvidas) de Castelo-Branco, conhecido também como White (em português: meita) House (, banco de).
Admito que me deixou boquiaberto com tal histerionismo e perturbação de identidade/personalidade, com tal trichice; aparvalhado fiquei também com tamanha quantidade de escravos do ridículo e das câmaras presentes que, tal como almejavam tão profundamente, ficaram imortalizados num qualquer telejornal decrépito e na porção-lixo da memória de quem teve a infelicidade de ter a TV ligada ao almoço e o comando longe...

2 comentários:

Catsone disse...

Eu não me atrevo a apertar no play, dass!

Anónimo disse...

Fosgass, eu apertei o play...fodi-me! Se soubesse que este vídeo tinha a capacidade de provocar desde "sentimmentos" dispépticos,eructações, e refluxo jamis tinha apertado o dito cujo. Agora já sabem o que vos espera do vídeo, emoções típicas de quem tem um hérnia do hiato.

Grande abraço Paulão