quinta-feira, 10 de julho de 2008

O mito e a realidade #1

Desmistifica-se aqui um dos lendários fetiches-magno que ricocheteiam há anos nas mentes dos corvos estudantis que povoam a velha Coimbra em busca da fórmula sagrada da sapiência, procurando-a afincadamente no fundo de copos e garrafas, recorrentemente e até que o fígado lhes doa.

Ideia visionária de um grande Poeta num dos quase orgásmicos momentos de inspiração semi-divina, daqueles em que se é banhado por um rasgado sorriso dourado das Musas surgido inesperadamente dos Céus em jeito de diabólico regalo mental e em que se entra um estado de quase-levitação, difundida boca-a-boca e suscitadora de curiosidade pungente, de necessidades compulsivas de realização e, como tudo o que gira nos ventos verbais do Mundo, primariamente bem cristalino e progressivamente com um crescente teor de turvada ambiguidade, dúvida e inevitável mistério inalienável e penetrante.


O vosso dia de sorte, que acabei de ser visitado e presenteado com magnânime comunhão de conhecimentos por parte de um dos últimos guardiães do segredo, de seu nome Juvenas, presente aquando da génese ideológica, e tentarei, com simplicidade e a objectividade que se impõe, compartilhá-lo também convosco: Foda-Foca é o acto de fornicar vigorosamente um ser feminídeo com ligeiro a moderado excesso ponderal (no Latim Barrolhæ e no Grego Badjodja) na posição brejeiramente designada por "canzana" - que eu prefiro, por ser tão prático quanto eclesiástico nas expressões que escolho e por me nausear facilmente com expressões tão rudes, apelidar de "alimentar a fornalha" pelo incontestável facto de ser sempre a meter toco na fogueira e de o barulho dos rabanetes a embater de encontro às coxas medianamente disformes fazer recordar o baque metálico do trabalhar das bielas das antigas locomotivas – com a adenda essencial de um espelho colocado lateralmente de forma a que se possa observar avidamente o movimento pendular síncrono do bandulho e tetas bovinas-alike, acompanhado pelo nascer e crescer desmesurado de massivas ondas de choque que se propagam pelo sebo no sentido cu-cintura escapular, imiscuindo-se na movimentação mamária, fundindo-se com ela, tornando o abanar lipoglandular em algo caótico até que, em jeito de Big Bang, ocorre um estrondoso “splash” entre o vasilhame visceral e as ditas meloas, gerando um urro grotesco de pasmo e prazerosa dor vindo de um fácies animalesco, fazendo ambos, tanto o grunhir como o fácies, lembrar uma foca trespassada por um sanguinário arpão! Faz de mim o teu meigo esquimó, bebé!


(Tende piedade e perdoai o impensável feito de isto conseguir ser pior ainda que todos os desvairos até agora mas é fruto de umas longas 16 horas encafuado no hospital sem ver a luz do dia, com as associadas hipóxia e hipoglicémia somente encefálicas causadoras de despolarizações randomizadas e descoordenadas, sem convulsões tonicoclónicas mas com delírios)

2 comentários:

Catsone disse...

Infelizmente, depois desta descrição primorosa, a imagem me perseguirá durante algum tempo...

Anónimo disse...

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